Aconteceu hoje (18) a visita do Ministério do Desenvolvimento Social MDS ao estado de Minas Gerais para dialogar com a população e conselheiras/os do Conselho Estadual de Assistência Social CEAS-MG sobre a adesão do programa Criança Feliz.
De acordo o material apresentado pelos representantes do Ministério, a primeira infância faz do carinho e cuidado sendo que segundo “pesquisas” as crianças e mães pobres, assim como suas famílias podem estar sendo afetas no seu entendimento cognitivo e neurologia pela falta deste “carinho”. Neste sentido o Governo Federal reduziu o orçamento das políticas sociais e lançou da alternativa de criar novos programas como o Criança Feliz.
Entre as falas os Conselhos de Psicologia, Serviço Social e mesmo o COGEMAS reiteram a posição de ser contrário a adesão ao programa. Desde a sua criação o que foi debatido em comum é a ausência de espaços de participação na elaboração de sua proposta e descumprimento das deliberações das conferências e espaços de pactuação.
Culpabilizar as mães pela pobreza não pode ser uma diretriz de um programa social. A falta de carinho e cuidado não são causadoras da pobreza e sim a desigualdade social, que pós 2016 se amplia, trazendo milhões de desempregadas/os, retração dos investimentos no Serviço Público e no contraponto aumento de isenções tributárias e fiscais às grandes empresas privadas no país.
Promover a infância e a juventude é garantir mais direitos, que só se faz com justiça, democracia e igualdade em condições.
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