quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Amores Obscuros



Este poema, escrevi em 2001, e na reorganização do que escrevi o achei. Escrevi este poema quando percebi que o amor era para além do tempo, do espaço, dos sentimentos... Que se encontra amor (diferente de quem o busca). O amor não se procura mas sim aparece, reconhece, redescobre e na analogia do Sol e da Lua, que mesmo distante se pode estar perto, pois se existir a proximidade do coração, de nada importa a distância das terras.


Amores Obscuros

Eu te amo e tu não sabes
mas eu canto e tu não ouves.
Te amo secretamente,
para que ninguém saiba
o porque dos meus humildes versos.

Só o silêncio revela este ritmo
de minhas estrofes aonde traduzem
o infinito do meu coração.

Fico desfarçando, mas te olho,
isso tudo acontece para que todos
não percebam essa sutil contemplação
que traz a mim teu perfume.

Acho que pareço a Lua que ama o Sol,
na aparente distância que nos uni.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Espaço do Saber - Contagem; MG


Deixo aqui uma ótima dica de conhecimento na cidade de Contagem, o Espaço do Saber abriga em seu complexo arquitetônico diversas formas de perceber a cidade de Contagem.

Através da música, da dança, da leitura, do cinema e entre outras manifestações educativas e culturais este equipamento torna-se ponto referência do Programa de Educação Integral e Integrada de Contagem. Localizado no Território Educativo e Educador (TED) nº1 na regional Eldorado, pode-se dizer que a democratização e modernização dos equipamentos públicos de educação passam por este perfil, um verdadeiro Self-Service da mais rica herança humana, o conhecimento.

O espaço fica na praça S/Nome, na rua Portugal, 370 entre as Avenidas  José Faria da Rocha e João Cesar de Oliveira no centro comercial do Eldorado, telefone de contato: (31) 3911-9394.
blog: 
http://espacodosabercontagem.blogspot.com/

Entre e sinta-se servido de conhecimento. Abaixo algumas fotos do Espaço do Saber:



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A educação na construção de uma nova ordem societária.




Diferente do costume criador de alguns artigos que já escrevi, percebi que se fosse explanar algumas idéias sobre a construção de uma educação popular que tem por objetivo o caráter libertador, não deveria deixar de me aproximar do científico, mas também era necessário que pudesse, através da escrita, fazer-me entendido pela simplicidade que as palavras podem ter, por mais complexo que se fizesse seu sentido.
            Uma educação libertadora, pressupõe, no conceito mais amplo, perceber, assim como Paulo Freire, que ninguém é sujeito da autonomia de ninguém.  É preciso construir no dia a dia do mundo uma verdadeira possibilidade de perceber o outro nas suas diferenças pois, se falamos em autonomia e vivemos no coletivo, somente poderíamos viver de forma harmônica se nossa liberdade não nos levasse à prisão, seja ela de forma concreta ou no silêncio do não dito.
            Na formulação mais ampla que se atribuiu ao sentido político e pedagógico da educação, a dimensão humanista e criadora de novas possibilidades nos deu as experiências do espaço educativo aplicadas à possibilidade de perceber o quanto é perigoso apenas a teorização dessas perspectivas educadoras, que para alguns campos trouxe apenas a linguagem do politicamente correto. O dizer que se acredita em outras possibilidades pedagógicas apenas para esconder preconceitos e conflitos na busca positivista de um mundo sereno.
Dialogo sobre este papel de teoria e prática, pois acreditar em um modelo transformador de educação é construí-lo justamente com a movimentação do conflito, com a possibilidade da diferença quando essa diferença não a transforma em desigualdade, pois se esta possibilidade de diferença trouxer uma deformidade de condições é porque apenas vivenciamos em nossos discursos, o que não possibilitamos ao coração. Passaríamos assim como Raul Seixas na música “Por Quem os Sinos Tocam” a dizer que convencemos as paredes do quarto e dormimos tranquilos, mas sabemos que no fundo do peito não era nada daquilo, era apenas uma forma do tempo passar.
Continuando, conforme Raul Seixas, a explorar a música, “Por Quem os Sinos Tocam” trazemosz a responsabilidade de, antes da aplicação do que chamamos de Projeto Político Pedagógico – PPP lembrando que o mesmo não se serve apenas para a Unidade Escolar,  buscarmos um projeto societário que se permeie também pela educação. Devemos constantemente nos perguntar, por quem fazemos, para quem fazemos e com quem fazemos? Para que dialogo nesta perspectiva? e Essa perspectiva tem o compromisso de mudança ou de apenas manter o modelo de produção como está?
Se nosso planejamento e nossa ação servirem para a continuidade, nosso papel será, como Florestan Fernandes ressaltava, aliado daqueles que exploram. Nesse espaço, a educação apenas será o lugar do treinamento e domesticação e não o da educação que desejamos que transmitisse, em seu cotidiano com o mundo, suas possibilidades revolucionárias de pensar o diferente. Sem a possibilidade de construir o novo, apenas nos cabe o estabelecimento da ordem vigente.
Uma educação que se permita ao mundo, deve ser além de humanista, para que ela não perceba apenas a humanidade como transformadora, porque em uma ótica ambiental, nossa construção enquanto humanas e humanos trouxe ao mundo em que vivemos mais degradação do que consolidação do papel educativo, a liberdade. É importante perceber que não simplesmente buscamos  educar, mas vivenciamos a educação no dia a dia do mundo, este sim não pode considerar como educador ou educando apenas os seres humanos, mas todos os seres vivos que contribuem em algum momento com a construção da vida.
Essa educação para a vida tem que perceber nas possibilidades do todo a integralidade das relações que se formam que no seu fazer coletivo; desejos de ordem individual ou coletiva se completam e não se priorizam.
Uma nova ordem societária deve ser pensada pelas vias da educação, não se pode ser concretizada se não percebemos a importância de olhar a educação não como possibilidade finalista de atuação, mas como parte de um processo em que percebamos que seres vivos ofertam, de forma individual ou coletiva, a possibilidade de uma construção do todo.
Afinal, dizemos o tempo todo que um mundo melhor precisa de Educação, porém que educação é esta? Para quem ela serve? Com quem ela se constrói? Ela está a serviço de quê?. Não acredito em uma educação que não provoque mudança.
Termino este pequeno pensamento, possibilitando, assim como Buda, uma grande reflexão que nos traz o concreto e abstrato nas nossas possibilidades de observar e possibilitar construções, pois apenas vivemos porque queremos a busca da felicidade, que me impossibilito acreditar que possa ser apenas minha, pois não vivo sozinho no planeta. Esse pensamento retrata a seguinte expressão: Se as pessoas percebessem que a única realidade definitiva é a mudança, elas seriam mais felizes. Para que eles e elas sejam felizes temos que buscar uma educação para além de tudo já proposto, mas que se proponha a se construir na dialética pela vida.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Opinião - Zé Keti


Contra a mídia golpista, 

eu não mudo de opinião: 

eu luto pela democratização!


Nascido em 16 de setembro de 1921, embora tenha sido registrado, em 6 de outubro, no bairro de Inhaúma, José Flores de Jesus, ficou conhecido como Zé Kéti . Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam nomes famosos da música popular brasileira como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Após a morte do avô, em 1928, mudou-se para a Rua Dona Clara. Cantou o samba, as favelas, a malandragem e seus amores.

Em 1964, participou do espetáculo "Opinião", ao lado de João do Vale e Nara Leão, que o levou ao concerto que tornou conhecidas algumas de suas composições, como "Opinião" e"Diz que Fui por Aí" (esta em parceria com Hortêncio Rocha). No ano seguinte, lançou "Acender as velas", considerada uma de suas melhores composições. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964; a letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela. Nara Leão, Elis Regina fizeram um enorme sucesso com a gravação desta música.



Também em 1964, gravou pelo selo Rozemblit um compacto simples que tinha a música "Nega Dina". Nessa mesma época, recebeu o troféu Euterpe como o melhor compositor carioca e, juntamente com Nelson cavaquinho, o troféu O Guarany, como melhor compositor brasileiro. Com Hildebrando Matos, compôs em 1967 a marcha-rancho "Máscara Negra", outro grande sucesso, gravada por ele mesmo e também por Dalva de Oliveira, foi a música vencedora do carnaval, tirando o 1º lugar no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval, criado naquele ano pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som e fazendo grande sucesso nacional.



Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. Apresentou-se ao lado da Velha Guarda da Portela e teve várias músicas regravadas.

Aos 78 anos, Zé Keti morreu de falência múltipla dos órgãos em 1999.

biografia retirada do site wikipédia.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tudo ao seu tempo'



No meu tempo,

No escorrer da lagrima ardente,
uma anormalidade inconseqüente
recolhe esta pequena lagrima
que cairia precocemente.
O que passa em meu pensamento?
Chorar recorre seu momento

E ao esperar de forma triste tento,
Me contento.

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo