sexta-feira, 25 de julho de 2008

Luta popular e aqueles que não entraram na história


Todas e todos militantes de esquerda, temos como missão ao longo da nossa militância, lembrar daqueles que não tem nome, não tem corpo, não tem identidade nos livros da história.


Como diz o sociólogo Florestan Fernandes, a história no mundo ocidental teceu a idéia de mitos, reis e heróis tornando-se muito mais importante do que as pessoas anônimas que tornaram tal fato possível.


Portanto, falar da abolicionista Princesa Isabel é mais conveniente do que falar de milhares de escravos que morreram em busca da tão sonhada liberdade. Enaltecer da coragem dos imperadores romanos como Julio César ou Nero é mais cômodo do que se lembrar das centenas de milhares de soldados que deram a vida por um Império que não os pertencia.


Lembrar dos nobres e não dos “populares” é como diz Paulo Freire uma arma da burguesia com o objetivo de continuar no poder e não mostrar a força de seu povo, este que está fora dos livros, mas derrubou reis e impérios e foi responsável pelas verdadeiras revoluções.
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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Orçamento Participativo, a arma do povo

Adicionado ao modo petista de governar fazendo não o governo chegar a cada cidadão, mas sim cada cidadão chegar ao governo, o Orçamento Participativo torna-se a arma do povo e melhor idéia enquanto projeto petista nos municípios.
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Além de experiências como em Porto Alegre ou Belo Horizonte, cidades pioneiras na implantação do Orçamento Participativo ou em cidades pequenas dominadas pelo coronelismo tiveram grande salto de qualidade de vida como é o caso de João Molevade em Minas Gerais.

O Orçamento Participativo, conhecido como OP tem proporcionado um espaço efetivo no exercício da democracia. A população decide os investimentos da cidade e as prefeituras realizam em locais onde o poder público jamais tinha atuado como nas periferias, zonas rurais e em regiões carentes.


O que faz o OP ser uma poderosa arma de democratização é a sua metodologia, que soma o número de população residente naquele espaço da cidade e o Índice de Qualidade de Vida Urbana - IQVU, qual mede aspectos relativos à oferta de equipamentos e serviços urbanos. Exemplificando, quando mais populoso for este pedaço da cidade chamado de Unidade de Planejamento – UP e menor for o IQVU, maior será o recurso destinado para este local.


Assim faz-se o OP um espaço de democratização da receita municipal, entendendo que antes do Orçamento Participativo, a maioria da população pobre não tinha a atenção dos governos municipais. Contudo foi através do Orçamento Participativo que as periferias das grandes cidades começaram a poder decidir sobre obras importantes como Postos de Saúde, Escolas ou Moradias Populares como o OP da Habitação iniciado em Belo Horizonte no ano de 1993. Outras obras como saneamento básico, abertura de ruas e espaços de lazer só chegaram de fato nos locais mais pobres das cidades através do OP.


Promover a Inclusão Social e Urbana, trazer a população para as decisões da cidade, construir nas regiões mais pobres o conceito de cidadania é um compromisso das administrações municipais petistas e um passo a frente na construção de uma sociedade pautada nos princípios do socialismo democrático e de massas.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Os desafios do Movimento Estudantil Secundarista


Não dá para passar pelas páginas da história brasileira sem falar do Movimento Estudantil, menos ainda do Movimento Estudantil Secundarista, que desde antes de sua criação em 1948 os secundaristas representavam força aos movimentos sociais.

Diferentemente da maioria dos estudantes universitários, os estudantes secundaristas são formados por uma grande massa de jovens de baixa renda, vivem permanentemente espremidos pela exclusão social e estão nas grandes cidades em periferias vivendo problemas como cobrança familiar e forçados a alcançarem a ascensão social.

A principal diferença entre os demais estudantes brasileiros é que a fase de vida aliada às baixas condições socioeconômicas faz com que a luta do movimento estudantil secundarista esteja mais perto das lutas da população brasileira. Problemas com precariedade do estado, dificuldade de transporte, falta de acesso a cultura estão presentes também nos movimentos populares, mas agravados quando tratamos de estudantes secundaristas, pois estes problemas são estruturantes no futuro de qualquer estudante de ensino médio ou de escola técnica.

Entre as lutas por uma educação de qualidade, pelo acesso gratuito ao ensino superior, pela tão importante bandeira do passe-livre, o Movimento Estudantil Secundarista em meio a suas multidões consegue fazer algo que vai além das suas jornadas de luta. Os secundaristas trabalham na formação de quadros politizados, sensíveis as causas sociais, pois desde muito jovens conseguem na base da pirâmide fazer um alicerce estruturante para a formação de uma sociedade cada vez mais de luta, de massas e quem sabe um dia, uma sociedade socialista.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Crônica sobre as visões de esquerda e direita juntas


Minha mãe que gosta de mim, se aliou com meu pai, me pediu para ser assim e não me endireitar jamais. Que eu poderia ter outros amiguinhos e passear a caminho da escola, mas se aprende diferente a mesma lição, pois economia também é ponto de vista e o meu ponto é bem mais amplo da maioria dos que zeram toda hora.


E que circulo social que nada, alguns dos meus amigos vivem no canto a chorar, eu não, por não acreditar no individualismo eu saio nas ruas a cantar, e pela eu vou guiando, vou fazendo a direção, que cantinho de poucos que nada, pois quero estar com meu povo e não, não fico de mãos amarradas, não deixo que me façam voltar de caminho, meus super heróis são outros, e nessa eu não fico sozinho.


Quero me unir nessa caminhada, aplicar tudo que aprendi na escola, não tenho medo de ameaça e sei que a calçada da direita e da esquerda não dão a mesma volta, um se guia por um lado, o lado da má distribuição, passa por ruas bem asfaltadas, gente elegante e endinheirada e eu não me encanto não.


Vou mesmo é pela esquerda, pois sei que por esta calçada eu não vou sozinho, vou com todo o meu povo e por este povo, a todos e todas que guiam o meu caminho.

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo