segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Não vamos deixá-los dormir


Por Leonardo Koury 
Fotografia Maxwell Vilela

... falando sério!
Não devemos pagar esta conta. É importante reconhecer que os golpistas precisam mais do que um "fora", precisam ser entendidos como inimigos do povo brasileiro.
Será que alguém acredita que o que aconteceu foi apenas uma troca de posições no poder? No qual a ganância e o capital preferiram o outro lado?
Sugiro uma reflexão voltada ao materialismo histórico dialético, em que o estado democrático, mesmo dentro de uma estrutura burguesa, teve a necessidade de romper com a escolha popular para avançar na agenda liberal.
Essa agenda, que não é apenas brasileira, mas perpassa por toda América Latina, tem como alvo uma reforma nas condições de trabalho, na balança entre matéria prima e na economia flexível. Sem romper com um pequeno movimento feito na última década, na busca por amenizar a correlação de forças entre capital e trabalho e trazer para os pobres melhores condições de vida, o modelo de avanço liberal não seria possível.
Era preciso o Golpe ainda civil!
Falando de forma clara, o aumento dos lucros e a estabilidade do mercado dependem do fim do nosso 13° salário, de aposentadoria somente após os 70 anos, e da privatização nossos direitos sociais. Nessa conta entra nosso Pré-Sal, nosso minério e nossa mão de obra.
Não devemos pagar esta conta. É importante reconhecer que os golpistas precisam mais do que um "fora", precisam ser entendidos como inimigos do povo brasileiro.
Não merece paz quem traz o avanço da pobreza, a volta da fome, vira as costas aos camponeses, alimenta a violência urbana e o genocídio entre o povo. Não pode ser retalhado apenas com cartazes. Nosso grito deve ter o movimento necessário para nos mostrar fortes e determinados em derrubar os opressores dos espaços de poder.
É momento da militância de esquerda reafirmar junto às ruas que somos contra o Fascismo, o Sexismo, o Racismo e a tendências políticas que levam o povo brasileiro à alienação.
Só pode existir um novo dia se o nosso fora for tão grande a ponto de não deixar os golpistas e fascistas dormirem. Temer, Aécio, Cunha (que continua solto e atuando na cúpula do PMDB), Feliciano, Bolsonaro e outros nunca nos darão um amanhã melhor. Pelo contrário, eles e seus patrocinadores têm a tarefa de empobrecer a América Latina em troca do que é público e das riquezas minerais.
Termino com o conselho imortal de Marx e Engels: Proletários de todos os países, uni-vos. As ruas pertencem ao povo, todo poder emana de nós.
Leonardo Koury - Assistente Social e Professor.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Nada pessoal, apenas Negócios



O título desta crônica expressa o entendimento mercadológico do Congresso Nacional. Não que algum brasileiro consciente esperasse alguma posição diferente dos senadores, afinal é uma casa parlamentar que a maioria de seus pares estão envolvidos e até condenados por corrupção.

O recado dado ontem à Dilma Rousseff pelo Senado foi mercantil. ‘Absolvemos no julgamento, uma vez que não houve crime para retirar os direitos políticos da presidenta eleita, porém não deixaremos ela governar o país. Em miúdos, Dilma, tecnicamente, não cometeu crime de responsabilidade fiscal, mas nós golpistas queremos o cargo da presidência mesmo assim’. 

Vale lembrar aos Senadores que eles não devem satisfação apenas aos seus patrocinadores. O povo continuará indo às ruas, porque o preço da saída da Dilma é a oficialização da agenda neoliberal em curso.

As elites não irão descansar até sucatear nossos direitos e privatizar nosso patrimônio. O povo não irá sair das ruas enquanto não derrotar os golpistas e restabelecer a Democracia.

Não será a primeira vez neste país em que nosso barco luta contra o vento. Então avante, porque sempre fomos navegantes sem medo do mar, das ondas e das intempéries do capital.

Pátria Livre, venceremos! 

Leonardo Koury - Assistente Social, professor e inimigo declarado do Temer.

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo