domingo, 28 de fevereiro de 2016

Lei antiterrorismo é uma afronta ao povo






Crônica, piada e comédia. Acreditar que na atual conjuntura, na qual, se precisa ainda mais dos movimentos sociais e do povo nas ruas para defender o projeto democrático popular da última década, nos deparamos com o nome de terrorista.

É esta expressão disposta no projeto de lei 499/13, conhecido como Lei Antiterrorista. O projeto estabelece pena de reclusão de 15 a 30 anos as pessoas identificadas e também a lideranças e movimentos que organizam manifestações que desacatem a ordem e ponham em risco a segurança pública e a soberania nacional.

O que é ser terrorista segundo a lei? Subir em um carro de som e dizer que todo poder emana do povo é ser terrorista? Isso poderá ter duas interpretações legais: a de que descreve o paragrafo único do artigo primeiro da constituição ou então, a de que está se organizando movimentações contra uma parte da população dona dos meios de comunicação e empresas privadas.

A linha é tênue entre o certo e o errado, o correto e o não correto. Em tempos de risco a democracia, ser confundido com um ou uma terrorista pode manter uma falsa soberania que garante apenas o poder aos poderosos e não do povo.

Se você leitor e acredita que a rua é para ser ocupada, diga não a esta estrada que restringe a liberdade. Hoje este texto fantasia o futuro que pode ser no amanhã uma interpretação da sua atitude e da verdade interpretada pelo judiciário. 

E por falar em direitos previstos na constituição, a liberdade de expressão, como ficará? Depende da luta para garantir a diversidade na forma de lutar! Diga não, antiterrorismo não.


Leonardo Koury Martins - Escritor, Assistente Social e militante FNDC e dos Movimentos Sociais 







terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

McDonald's e a podridão da industria alimentar



Após o chefe de cozinha e ativista Jamie Oliver descobrir – e divulgar em seu programa de TV – que a rede McDonald’s utiliza hidróxido de amônio para converter sobras de carne gordurosas em recheio para seus hambúrgueres nos Estados Unidos, a marca anunciou que mudará a receita, segundo informações do jornal Mail Online. “Estamos comendo um produto que deveria ser vendido como a carne mais barata para cachorros e, após esse processo, dão o produto para humanos”, disse Oliver.

“Por que qualquer ser humano sensato colocaria carne com amônio na boca de suas crianças?”, questiona.

O processo de conversão da carne é feito por uma empresa chamada Beef Products Inc (BPI), segundo o jornal. O veículo afirma ainda que esse processo nunca foi utilizado no Reino Unido, nem na Irlanda – que utilizam a carne de produtores locais. O McDonald’s negou que tenha sito forçado a trocar sua receita por causa da campanha de Oliver. O jornal diz ainda que outras duas redes de comida rápida, Burguer King e Taco Bell, já tinham sido pressionadas e removeram o hidróxido de amônio de suas receitas.

Na América Latina, a Arcos Dorados, empresa que opera a marca em toda a região, informa que “o aditivo em questão não é e nunca foi utilizado como ingrediente em qualquer processo da cadeia produtiva da marca”. A companhia acrescenta que os hambúrgueres são preparados com 100% de carne bovina e que toda a produção é validada pelas autoridades regulatórias locais.


SIGNIFICADO DE HIDRÓXIDO DE AMÔNIO

O hidróxido de amônio, de fórmula química NH4OH é uma base solúvel e fraca, só existe em solução aquosa quando faz-se o borbulhamento de amônia (NH3) em água.

Hidróxido de Amônio não é considerado cancerígeno pela OSHA. Resumo de riscos: Nocivo quando ingerido, inalado e absorvido pela pele. Extremamente irritante para mucosas, sistema respiratório superior, olhos e pele.

Efeitos agudos: A inalação pode causar dificuldades na vítima como consequência: espasmos, inflamação e edema de garganta, pneumonia química e edema pulmonar.

Efeitos crônicos: A exposição repetida ao produto pode causar tosse, respiração ruidosa e ofegante, laringite, dor de cabeça, náusea, vômito e dor abdominal.



Fonte:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/08/jamie-oliver-denuncia-mcdonalds.html

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A mídia, a política e o PT



Por: Leonardo Koury Martins

Aquela conversa mineiramente “ajuntada” de uma cerveja tomada no final de um dia de trabalho, as vezes se torna a mais lúcida reflexão. Trata dos temas: mídia, política e o Partido dos Trabalhadores.

Sem dúvida ao dizer sobre o olhar da mídia no quesito conjuntura política, seu ódio a classe trabalhadora e suas conquistas na última década é tamanho que o foco não poderia ser outro do que desconstruir a imagem do PT.

Poderia aqui escrever inúmeras realizações, porem a mais consistente e mais destruída pela grande mídia brasileira seria o combate a corrupção.

Nos últimos treze anos, diversas operações foram realizadas pela polícia federal, além de uma grande movimentação do judiciário e ministério público. O resultado deste esforço de se combater a corrupção no Brasil traz números de centenas de servidores públicos afastados todos os anos em todas as esferas e poderes, além de empresas e seus responsáveis presos e um maior controle sobre gastos públicos.

Na visão midiática, o Brasil nestes últimos anos não enfrentou um problema que estava escondido debaixo dos tapetes dos governos e sociedade, mas sim criou esquemas criminosos para que o alvo fosse o PT, porem o efeito caiu por toda política.

Uma geração de brasileiras e brasileiros com descrença em práticas coletivas, acreditando apenas na salva guarda personalista de messias e salvadores. Uma política frágil no âmbito institucional e que não prejudica apenas a imagem do PT, mas de todas a organizações sociais presentes nas mudanças do povo.

A imprensa quis envenenar o PT para a sociedade, porem envenenou a sociedade a prática política, a acreditar que a participação muda as estruturas sociais, econômicas e culturais. Este estrago é incalculável e deve ser creditado todo como ônus ao país pela imprensa brasileira.

Ao se tratar de mídia, política e ao PT, acredito bem no ditado popular, reformado a atual realidade: política em tempos de que a direita controla a mídia, sim, se discute.


Leonardo Koury – Escritor, Assistente Social e Militante dos Movimentos Sociais

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo