Ao seguir pela Esquerda vale algumas observações fundamentais para
compreensão de nosso papel. Vou contribuir com alguns olhares sobre desafios e
perspectiva para um posicionamento revolucionário.
A primeira impressão necessária recorre da ideia de que a Direita nunca
se dividiu. Minoria populacional, mas sua forte integração política faz ter
poder dominante sobre a atual ordem societária. Nós que nos reconhecemos
enquanto esquerda temos o mal habito de por falta de conhecer o outro, o
chamamos de pelegos, esquerdalha, direita disfarçada e etc. Porem digladiemos
mais entre a esquerda do que muitas vezes como a própria direita e por coisas
tão pequenas que não buscamos nossos pontos em comum.
Outra questão é a falta de compreensão do papel de movimento, partido e
governo. A alguns a luta se dá pelo modelo burguês de democracia
eleitoral, esquecendo o papel do partido e a nossa participação construtora das
lutas sociais como exemplo esquece Gramsci e o papel de Intelectual Orgânico.
Ao dizer sobre papeis e esferas de atuação confio em Tim Maia e duas grandes
citações suas: que pobre não pode ser de direita e que não é isso ou aquilo,
mas isso e aquilo. Afinal, devemos influenciar governo, partido e movimento
social, temos que buscar tod@s que querem caminhar conosco. Não se ganha uma
guerra lutando sozinho, como cantava Raul!
Por fim, devemos aprender a ter Unidade na Diversidade, pois desejamos
uma outra ordem societária, porem não devemos desejar ser todos iguais. Nossa
igualdade é a diferença e não a desigualdade.
Florestan Fernandes tentou nos definir em duas
formas, aqueles que lutam ao lado do povo, e o que estão ao lado daqueles que
exploram o povo. Não temos que impor um só comando, quando somos todos
comandantes, nós somos o Povo.
Leonardo Koury - Assistente Social, Escritor e Militante do MAIS-PT
Um comentário:
Somos e faremos sempre a esquerda companheiro.
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