O município não tem dinheiro para dar aumento salarial para os seus servidores. O país está quebrado e passando por uma crise. Estamos conseguindo manter o que temos com todo compromisso desta gestão. Estamos conseguindo ao menos asfalto. E outros argumentos que ouvimos dos gestores municipais e do legislativo no dia a dia.
Em um curto texto gostaria de problematizar as relações políticas e eleitoral que temos entre as eleições municipais e as eleições para o Estado e a União.
No ano passado os seus vereadores e prefeitos pediram o seu voto para alguns deputados que votam cotidianamente contra os seus munícipes. Haja visto os posicionamentos das tais reformas que as elites julgam como necessárias.
O fim de boa parte da CLT e agora com o desmonte da Previdência Social (em primeiro turno na Câmara dos Deputados) trazem para as cidades certamente a ampliação da pobreza, da fome e consequentemente surge ao povo diversos problemas sociais no paralelo entre o corte de recursos públicos e fechamento dos espaços de participação como os conselhos de direitos.
Se a gestão pública e a governança de toda uma sociedade passam pelos municípios, é hora de enxergar no próximo ano eleitoral o rompimento com este ciclo: deputado que vota contra o povo apoia o prefeito que fragiliza a gestão no discurso que é para segurar o que hoje se tem.
A realidade é dinâmica, vereadores e prefeitos que pedem seu voto para um congresso descompromissado com as necessidades do povo geram a continuidade de descompromissados e vice e versa.
Em tempos como este, a justiça social deve se espelhar na esperança da construção do poder popular. Uma nova política está no reconhecimento de quem vota contra as reformas propostas e está presente nas lutas e nas ruas, ao lado da população por meio dos movimentos sociais e das frentes como a Brasil Popular e Povo sem Medo. Pátria livre, Venceremos!
Leonardo Koury - Assistente Social, Professor e militante da Frente Brasil Popular
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