domingo, 17 de dezembro de 2017

O povo decide, Diretas Já



Por Clara Maragna e Leonardo Koury

Primeiro a gente tira a Dilma, rasga a Constituição Federal, fortalece o Estado policial, e nos resta saber: Quem controla o judiciário?

Entender o processo político que o Brasil vem sofrendo, é uma tarefa árdua e emblemática para todos nós. Mas de certo, é notório que a surpresa tornou-se um elemento central desse arranjo golpista, que tem como pano de fundo a ação do Poder Judiciário.

Traições, malas, chips invisíveis, Família Neves, Lava Jato, Temer, retirada de direitos, capas de revistas, prisões decretadas, almoços, judiciário desequilibrado e a ampulheta do tempo correndo contra o povo brasileiro.

Em meio a tanta fumaça sentenciada, é importante perceber que os atores do golpe não possuem cadeira cativa no Congresso Nacional, e tão pouco se resumem aos aliados de Temer.

Se assim, o fosse, a rejeição de Temer não seria exorbitante, e não estaríamos aqui falando desse novo capítulo, que além da cassação do Presidente golpista trará também uma corrida de atores pela linha sucessória da Presidência da República.

Quem opera o golpe não deseja que ele acabe, mas que ele se estruture e naturalize de modo a dificultar qualquer reação do povo brasileiro, afinal de contas a história nos ensinou que toda expansão de regimes totalitários sempre esteve relacionada aos problemas econômicos e sociais de um Estado imerso em ações ilegais sob os olhos do judiciário.

A sensação de que ha um distúrbio social é inerente ao processo vivenciado por todas e todos nós, especialmente porque essa anomalia se inicia através de uma ação contra os nossos direitos garantidos num Diploma Legal violado.

Com a previsão da saída de Temer, o golpe toma novos contornos, a Constituição Federal começa a ser avocada através das eleições indiretas por setores golpistas, de modo a legitimar o processo realizado por Michel Temer.

PORQUE NÃO DEVEMOS ACEITAR AS ELEIÇÕES INDIRETAS?

Podemos começar a falar que não devemos aceitar eleições indiretas porque não queremos a continuidade dessa orquestra golpista. Além disso, esse desejo por eleições indiretas não passa pela polarização entre coxinhas e não coxinhas, ou pelos projetos de poder ideológicos de esquerda ou direita, mas por uma estruturação anti democrática que será corroborada por interesses privados.

Não é legítimo avocar normal legal de uma Constituição violada, posterior a retirada do Estado Democrático de Direito, para consolidar uma violação nacional.

Defender eleições indiretas é legitimar o golpe na medida em os atos anteriores à sucessão presidencial produzirão efeitos concretos. A estrutura de poder é determinada pelo conteúdo da sua ação, e de fato os interesses da maior rede de televisão se resumem em apropriar -se do processo mais do que a população que constrói esse país.

É preciso entender que a ordem de um Estado Democrático destina-se a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna e pluralista.

Exigir o cumprimento desses princípios que regem a Constituição Federal, é construir uma disputa justa, e a possibilidade da escolha de representatividade pelos cidadãos e cidadãs brasileiras.
Estamos diante de um capítulo que nos aparece sob a corda bamba à beira de um abismo, recheado de fatos que nos dá elementos suficientes para lutarmos pela Democracia brasileira. Não é apenas a conexão de uma nova fase da conjutura, mas uma etapa da tática que a elite brasileira avança no objetivo central que é a volta do liberalismo e o estado mínimo.

Talvez a pergunta inicial, sobre quem controla o judiciário, aqui, toma outra percepção, a de que é preciso estar nas ruas, em todos os tipos de ações diretas, para tentarmos nesse último respiro, restabelecer um mínimo de razão com as eleições diretas. Estas não podem ser entendidas como apenas a volta de um governante eleito por voto popular, mas a concretude de que todo poder emana do povo, afinal está no parágrafo único do primeiro artigo da Carta de 88.

É preciso estar atentos, fortes, e nas ruas, afinal o poder emana do povo, o povo decide, Diretas Já!


Por Clara Maragna, advogada popular e militante da Frente Povo Sem Medo e Leonardo Koury, professor e assistente social militante da Frente Brasil Popular

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Frei Betto: dez conselhos para os militantes de esquerda



1. Mantenha viva a indignação. 
Verifique periodicamente se você é mesmo de esquerda. Adote o critério de Norberto Bobbio: a direita considera a desigualdade social tão natural quanto a diferença entre o dia e a noite. A esquerda a encara como uma aberração a ser erradicada. 

Cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus social-democrata, cujos principais sintomas são usar métodos de direita para obter conquistas de esquerda e, em caso de conflito, desagradar aos pequenos para não ficar mal com os grandes. 

2. A cabeça pensa onde os pés pisam. 
Não dá para ser de esquerda sem "sujar" os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra suas crenças e vitórias. Teoria sem prática é fazer o jogo da direita. 

3. Não se envergonhe de acreditar no socialismo. 
O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana. 

O capitalismo, vigente há 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. Hoje, somos 6 bilhões de habitantes. Segundo o Banco Mundial, 2,8 bilhões sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. E 1,2 bilhão, com menos de US$ 1 por dia. A globalização da miséria só não é maior graças ao socialismo chinês que, malgrado seus erros, assegura alimentação, saúde e educação a 1,2 bilhão de pessoas. 

4. Seja crítico sem perder a autocrítica.
Muitos militantes de esquerda mudam de lado quando começam a catar piolho em cabeça de alfinete. Preteridos do poder, tornam-se amargos e acusam os seus companheiros (as) de erros e vacilações. Como diz Jesus, vêem o cisco do olho do outro, mas não o camelo no próprio olho. Nem se engajam para melhorar as coisas. Ficam como meros espectadores e juízes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema.

Autocrítica não é só admitir os próprios erros. É admitir ser criticado pelos (as) companheiros (as). 

5. Saiba a diferença entre militante e "militonto". 
"Militonto" é aquele que se gaba de estar em tudo, participar de todos os eventos e movimentos, atuar em todas as frentes. Sua linguagem é repleta de chavões e os efeitos de sua ação são superficiais. 

O militante aprofunda seus vínculos com o povo, estuda, reflete, medita; qualifica-se numa determinada forma e área de atuação ou atividade, valoriza os vínculos orgânicos e os projetos comunitários. 

6. Seja rigoroso na ética da militância.
A esquerda age por princípios. A direita, por interesses. Um militante de esquerda pode perder tudo: a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita. 

Há pelegos disfarçados de militante de esquerda. É o sujeito que se engaja visando, em primeiro lugar, sua ascensão ao poder. Em nome de uma causa coletiva, busca primeiro seu interesse pessoal. 

O verdadeiro militante, como Jesus, Gandhi, Che Guevara, é um servidor, disposto a dar a própria vida para que outros tenham vida. Não se sente humilhado por não estar no poder, ou orgulhoso ao estar. Ele não se confunde com a função que ocupa. 

7. Alimente-se na tradição da esquerda.
É preciso oração para cultivar a fé, carinho para nutrir o amor do casal, "voltar às fontes" para manter acesa a mística da militância. Conheça a história da esquerda, leia (auto) biografias, como o "Diário do Che na Bolívia", e romances como "A Mãe", de Gorki, ou "As Vinhas de Ira", de Steinbeck. 

8. Prefira o risco de errar com os pobres a ter a pretensão de acertar sem eles. 
Conviver com os pobres não é fácil. Primeiro, há a tendência de idealizá-los. Depois, descobre-se que entre eles há os mesmos vícios encontrados nas demais classes sociais. Eles não são melhores nem piores que os demais seres humanos. A diferença é que são pobres, ou seja, pessoas privadas injusta e involuntariamente dos bens essenciais à vida digna. Por isso, estamos ao lado deles. Por uma questão de justiça. 

Um militante de esquerda jamais negocia os direitos dos pobres e sabe aprender com eles. 

9. Defenda sempre o oprimido, ainda que, aparentemente, ele não tenha razão.
São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refinada.

Em todos os setores da sociedade há corruptos e bandidos. A diferença é que, na elite, a corrupção se faz com a proteção da lei e os bandidos são defendidos por mecanismos econômicos sofisticados, que permitem que um especulador leve uma nação inteira à penúria. 

A vida é o dom maior de Deus. A existência da pobreza clama aos céus. Não espere jamais ser compreendido por quem favorece a opressão dos pobres. 

10. Faça da oração um antídoto contra a alienação.
Orar é deixar-se questionar pelo Espírito de Deus. Muitas vezes, deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exige a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. Falamos como militantes e vivemos como burgueses, acomodados ou na cômoda posição de juízes de quem luta.

Orar é permitir que Deus subverta a nossa existência, ensinando-nos a amar, assim como Jesus amava, libertadoramente. 

Frei Betto é escritor, autor do romance "Entre todos los hombres" (Editorial Caminos, La Habana), entre outros livros.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Educação é poder



Crônica original do Brasil de Fato e publicada no Jornal Brasil de Fato MG


Um país que esquece no presente a sua história não tem em seu horizonte o futuro. A educação deve servir para libertar e não para conservar as coisas como estão.

Nesse sentido é uma injustiça o que querem fazer com Paulo Freire. Não se trata de tirar um título ou uma honraria, mas de não reconhecer este nordestino lindo e amoroso que colocou a educação como prioridade e criticidade não apenas para a sua vida, mas para todo o país e o mundo.  

Paulo Freire foi aquele que tinha certeza que os adultos analfabetos, as crianças, as comunidades urbanas e rurais devem conhecer seus direitos e a educação é um instrumento de transformação não da articulação entre as palavras, mas da mudança da vida do povo oprimido. Aquela educação que não liberta também tem a intenção de manter os pobres mais pobres. Não há escola sem política, sem criticidade, sem partido.

É preciso uma educação para libertar e não para manter a ordem instituída. 

Se tivéssemos um real entendimento e oportunidade sobre a sua contribuição enquanto educador, não deixaríamos estes golpistas, representantes do que é de mais perverso na sociedade burguesa nos tirar até mesmo a democracia. 

Não vamos deixar que tirem nossa memória. Apoiar Paulo Freire é fortalecer o entendimento de que aprendemos no convívio entre nós e na relação com o mundo. Não há hierarquia nos saberes, há culturas diferentes e formas de ver o mundo. É preciso que essas diferentes formas contribuam com o sonho e a luta pela liberdade. 

*Leonardo Koury é do Conselho Regional de Serviço Social CRESS-MG, professor e integrante da Frente Brasil Popular

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

ASSISTÊNCIA SOCIAL É DIREITO TODOS OS DIAS


 Por: Leonardo Koury*


Enquanto assistente social, compreendi que falar a linguagem mais simples e direta contribui para o acesso a informação e fortalece a comunicação enquanto direito. Aprendi que todo Assistente Social é um comunicador em potencial. Gramsci tinha razão quando colocou o conceito de comunicação popular como forma de organizar a população contra aqueles que querem o povo pobre e servil.

Pois bem, é momento de falar, em especial sobre a Assistência Social e os direitos que na sua garantia podemos fortalecer. Dizer desta política pública descrita na constituição e que ainda muito pouco está presente no dia a dia das pessoas mais simples seja na cidade ou no campo.

O corte proposto no orçamento pelo Governo Federal para a Assistência Social retoma em alguns meses a volta de um modelo que em boa parte já superamos no país. Nas últimas décadas conversamos com a população, gestores públicos, entidades, trabalhadoras e trabalhadores sobre romper cada vez mais com o assistencialismo e o clientelismo e garantir de forma gratuita (sem dever favor para ninguém) a Assistência Social como um Direito.

Porque não o assistencialismo e o clientelismo? Porque assistencialismo é fazer, mesmo que se justificando como missão ou bom coração, remendos na vida das pessoas que precisam muito mais do que ajuda e clientelismo é agir de forma equivocada, imaginando que o direito a alimentação fica só na cesta básica, ou mais, fica só no favor e que o mesmo pode ser retribuído, as vezes com outro favor ou até mesmo com o voto que deve ser visto como um direito político inegociável, porem estas distorções tiram dos mais pobres o caráter de cidadania.

Pois bem, direitos não podem ser vistos como favor. Não estarei aqui para falar de números, mas para facilitar o entendimento do corte orçamentário no Sistema Único de Assistência Social SUAS, imaginem que antes você tinha 3000 reais e amanhã terá para fazer as mesmas coisas apenas 79 reais. Imagine quando estes três mil deixam de ser mil e se transformam em Bilhões e estes reais pouco passam de mil para financiar todos os estados e municípios brasileiros.

Mas que direitos são estes? Vamos lá! Direitos para todos os seres humanos se organizando enquanto direitos socioassistenciais. Direito da mulher em situação de violência em ser atendida, de que as pessoas em situação de rua possam ter garantido diálogo com o estado de forma ética e respeitando sua cultura e vivências, direitos da população idosa e de pessoas com deficiência de serem compreendidas sobre suas vulnerabilidades temporais.

E como se dão estas vulnerabilidades e risco referente ao trabalho da Assistência Social? Através da oferta de serviços públicos em Centros de Referência no âmbito da Proteção Social Básica (os CRAS) e Proteção Social Especial (os CREAS e outros equipamentos).

E são nestes serviços que se garante a melhor qualidade de vida, a transferência de renda, os encaminhamentos para as políticas de Saúde, Educação, Emprego e Renda, Transporte e vários outros acessos, pois não se trabalha o fim da pobreza, por exemplo, sem pensar em todas as possibilidades do povo ter uma condição de vida melhor e seus direitos de forma integral garantidos.


Contudo direitos são direitos. Nenhum direito a menos é reconhecer que mesmo quando não temos como agora o país vivenciando a Democracia, não devemos abrir mão do que já conquistamos, mesmo que o caráter do Golpe seja contra o povo brasileiro. Viva o Dia D proposto pelo COGEMAS e pelos Fóruns de trabalhadores, entidades e usuários da política de Assistência Social. Nenhum direito a menos se faz na garantia do direito a greve, a paralisar os serviços públicos, em garantir o diálogo com a população sobre o que está posto e na garantia de sonhar no que o Chico Buarque cantou. Um amanhã como um novo dia.


Leonardo Koury Martins - Assistente Social, Professor. Servidor Público da Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves e Conselheiro do CRESS-MG

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Eu apoio Felipe Arco





Felipe Arco é um jovem que deixou marcas em Belo Horizonte através da simplicidade de suas poesias, escritas nas lixeiras do hipercentro, passando mensagens sentimentais, intimistas, singelas, com as quais vez ou outra nós identificamos, ao gastar mais uns segundos para ler enquanto depositamos um lixo nestas lixeiras. 

Agora ele está sendo perseguido é processado pela prefeitura, que pretende obrigá-lo ao pagamento de multas e remoção das poesias dos equipamentos, segundo reportado pelo jornal Estado de Minas. 

O retrocesso surfa não só na censura e proibição de exibição da arte que provoca, mas também na opressão higienista, que restringe a juventude pobre e negra no usufruto do direito à cidade, e na supressão da expressão dos sentimentos da porção urbana viva, produzindo uma cidade fria e inanimada.


#EuApoioFelipeArco
#PeloDireitoaCidade

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A solução é vender o Brasil?





E se passaram pouco mais de um ano e lá se vão aeroportos, Casa da Moeda, pedaços soltos da indústria nacional do petróleo (como a Gaspetro e refinarias) e se deixar até a energia e a água se vão neste país!

Se fosse música da Xuxa (cômico e trágico), "está na hora está na hora" do povo tomar lado sobre este verdadeiro desmonte do patrimônio nacional. Não se trata apenas de precarização dos direitos sociais ou do fim do conceito de seguridade social.

O que está em jogo é a soberania e o conjunto nacional que nos fazem ser um só povo. Imagine, nossas águas e geração de energia nas mãos de empresas estrangeiras. Nossa numeração de moeda e passaporte disposta por empresários. Nossa aposentadoria na instabilidade dos bancos privados. 

Então, imagine que a nossa luta a cada dia se torna mais difícil frente ao modelo de estado posto, que desvaloriza toda história que trabalhadoras e trabalhadores arduamente construíram.

Raul Seixas em seus devaneios musicais, ao conhecer Temer e correlacionar o novo golpe vivido (não mais militar e sim civil) diria que estes golpistas, de tão ousados, nem mesmo pensam em aluguel. Para eles a solução para enfrentar as crises do capitalismo (que idolatram) é vender o Brasil.

O mínimo do mínimo jamais será um todo como tudo que construímos e hoje ainda temos. Não se desespere, lute!

*Leonardo Koury Martins é assistente social e professor

domingo, 21 de maio de 2017

A Globo ou o Povo



Em um breve texto, sinto enquanto educador a responsabilidade em fazer as seguintes reflexões. Quem derrubará o Temer? A Globo ou o Povo.

A Globo apoiou o Golpe de Estado que sofremos, esteve lado a lado com Ditadura a Militar, fortaleceu campanhas que levaram Collor e FHC para a presidência. Apoia as reformas trabalhista e previdenciária. Da Globo não se pode esperar a verdade.

O povo? Este tenho que me orgulhar. Em toda condição imposta pela conjuntura, a alienação construída para fortalecer o Capital, algumas ponderações são fundamentais. Foram os movimentos sociais, os sindicatos. As Frentes de Luta, Brasil Popular e Povo sem Medo. Estes movimentos não deixaram em nenhum momento de dizer #ForaTemer e nenhum direito a menos.

Em milhares de manifestações que envolveram milhões de trabalhadores em centenas de cidades. Apenas no dia 28, dia de greve geral foram mais de 1000 cidades com atos e paralisação de importantes setores da economia. E a Globo? Escondeu isso de seus noticiários.

Portanto a Globo ao divulgar as gravações que acusam Temer, Cunha, Aécio o dono da Carne Fraca (e podre), não me causa espanto. Apenas falaram o que nós, movimentos sociais organizados falaram há meses, o Golpe de Estado é contra a classe trabalhadora.

Mais uma vitória do povo, mais um avanço nesta trincheira que tem por fim romper a opressão e a desigualdade produzida pelo capital. Fora Golpistas e rumo a construção do Poder Popular.


Leonardo Koury - Professor, Assistente Social e militante da Frente Brasil Popular

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Escola de Sangue



"Não há vida sem morte, como não há morte sem vida, mas há também uma morte em vida. E a “morte em vida” é exatamente a vida proibida de ser vida".
Paulo Freire


Instaurou-se em terras tupiniquins advindas dos Estados Unidos e da Europa uma brincadeira conhecida como Baleia Azul. A brincadeira ou jogo consiste em um desafio na internet que passa por 50 fases das mais diversas e a ultima fase do jogo é o suicídio do Player (Jogador em português). Este jogo macabro e com origens desconhecidas é muito popular entre jovens de idade escolar pré-universitária ou iniciando a faculdade.

Pode parecer que a idade dos Players deste jogo não seja importante, que venha a ser algo banal ou comum pelo fato de jovens da geração do milênio (nascidos após 1990) entrem constantemente em desafios de internet, mas antes fosse isso, o jogo Baleia Azul demonstra um fracasso no sistema educacional brasileiro grave e difícil de ser corrigido.

O suicídio só ocorre quando a pessoa está em um grave quadro de depressão, doença que não tem origens conhecidas e não se pode afirmar de onde vem, porém existem estudos que partem do pressuposto que situações de extrema pressão levem uma pessoa a desenvolver graves quadros de depressão que por motivos óbvios se tornam irreversíveis quando se suicida.

A partir destes fatos apresentados no parágrafo anterior é que afirmo que o jogo baleia azul (Que já matou mais que a AIDS na ultima semana) é a principal prova que o nosso sistema educacional falhou, pois nosso sistema educacional cria muitas coisas ruins que desenvolverei nos parágrafos seguintes.

Uma das coisas que o nosso fracassado sistema educacional cria é o mito da meritocracia universal e positivista. Enquanto estudantes somos forçados a acreditar que todos temos as mesmas oportunidades e que somente o nosso esforço basta, e sabemos que não é bem assim, pois se uma criança vai de carro para escola e a outra vai de ônibus a segunda criança fica prejudicada. O horário que a segunda criança acorda também é mais cedo que o da primeira, mais uma coisa que atrapalha o rendimento dela. Existem outras inúmeras situações que levam o mito da meritocracia para o lixo como por exemplo a vulnerabilidade social da criança, o acesso a materiais escolares e de pesquisa de qualidade e acesso a tecnologia.

O segundo ponto que o sistema pelego e traidor educacional brasileiro nos força a acreditar é que temos que ter sucesso aos 20 poucos anos, algo que em uma sociedade tão desigual quanto a nossa é quase impossível se tudo seguir o ritmo natural das coisas que é o fracasso de quem tem é menos abastado socialmente e economicamente, este ponto é o que leva a maioria dos jovens nas universidades a entrarem em desafios suicidas como o Baleia Azul.

Outro ponto que o sistema opressor nos leva a crer com toda fidelidade do mundo é que temos que ter nossas carreiras decididas aos 16 anos de idade, e que temos que ser aprovados no primeiro vestibular que prestamos, criando um mito de que não existe vida depois disso, este fato é o que leva o suicídio dos jovens na fase vestibulanda. Eu falo por mim mesmo que aos 16 anos não precisa ter carreira decidida que isto é um erro porque aos 16 eu queria ser jornalista, aos 17 desejo de ser advogado, hoje aos 18 quero ser sociólogo.

O machismo que prospera na educação brasileira também leva a inúmeros suicídios, como os meninos são ensinados que tem que ter todos os seus desejos atendidos eles julgam que quando a primeira paixão deles não retribui o amor que eles sentem por elas, às vidas deles acabaram e procuram o suicídio como solução para o problema do coração partido e o machismo instaurado.

O problema hoje não é o desafio Baleia azul, se acabar o baleia azul amanha criam o baleia verde, vermelho, amarelo e até caqui, tudo continuara sendo a válvula de escape que muitos jovens encontram para fugir de uma realidade triste e penosa que o nosso sistema educacional impõe,logo a solução não passa pelo combate ao Baleia azul e sim por uma reforma do Sistema educacional brasileiro e suas relações sociais.


Por: Júnio Matheus da Silva Cruz, juniomatheus10@gmail.com

terça-feira, 18 de abril de 2017

COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS EM PDF, PARA DOWNLOAD




A série de livros Primeiros Passos é uma importante coleção da Editora Brasiliense que, há mais de 30 anos, reúne textos sobre diversos temas: O que é capitalismo? O que é filosofia? O que é racismo? O que é Cultura?

Lançada em 1970 e em formato de bolso, a coleção foi um sucesso, por exemplo, apenas durante o ano de 1999, vendeu meio milhão de exemplares… Tratam-se de textos curtos, porém concisos, sobre temas contemporâneos. Outra característica importante desta coleção é a indicação de uma bibliografia complementar disponibilizada ao final de cada volume, para aqueles que queiram se aprofundar no tema em questão.

Segue abaixo a lista de livros disponíveis em PDF e, mais abaixo, em vermelho, o link para o download das obras:

O QUE É AÇÃO CULTURAL? | O QUE É ALIENAÇÃO? | O QUE É APARTAÇÃO? (O QUE É O APARTHEID SOCIAL NO BRASIL) | O QUE É ARQUITETURA? | O QUE É ARTE? | O QUE É BIOÉTICA? | O QUE É CAPITAL FICTÍCIO E SUA CRISE? |O QUE É CAPITALISMO? | O QUE É CIDADANIA? | O QUE É CIDADE? | O QUE É CINEMA? | O QUE É COMETA HARLEY? | O QUE É COMUNICAÇÃO? | O QUE É COMUNICAÇÃO POÉTICA? | O QUE É COMUNISMO? | O QUE É CONTO? | O QUE É CONTRA CULTURA? | O QUE É CULTURA? | O QUE É DIALÉTICA? | O QUE É DEMOCRACIA? | O QUE É DIREITO? | O QUE É EDUCAÇÃO? | O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA? | O QUE É EMPRESA? | O QUE É ESPORTE? | O QUE É ÉTICA? | O QUE É ESPORTE? | O QUE É ETNOCENTRISMO? | O QUE É EXISTENCIALISMO? | O QUE É FAMÍLIA? | O QUE É FEMINISMO? | O QUE É FENOMENOLOGIA? | O QUE É FILOSOFIA? | O QUE É FILOSOFIA DA MENTE? | O QUE É FILOSOFIA MEDIEVAL? | O QUE É FÍSICA? | O QUE É FOLCLORE? | O QUE É FOTOGRAFIA? | O QUE É HISTÓRIA? | O QUE É HOMOSSEXUALIDADE? | O QUE É IDEOLOGIA? | O QUE É IMAGINÁRIO? | O QUE É INDÚSTRIA CULTURAL? | O QUE É INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL? | O QUE É INTERDISCIPLINARIDADE? | O QUE É LINGUÍSTICA? | O QUE É LOUCURA? | O QUE É MAIS-VALIA? | O QUE É MARKETING? | O QUE É MATERIALISMO DIALÉTICO? | O QUE É MERCADORIA? | O QUE É MEDIUNIDADE? | O QUE É METAFÍSICA? | O QUE É MITO?  O QUE É PATRIMÔNIO HISTÓRICO? | O QUE É PEDAGOGIA? | O QUE É PODER? | O QUE É PÓS – MODERNO? | O QUE É POSITIVISMO? | O QUE É PSICOLOGIA? | O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL? | O QUE É QUESTÃO AGRÁRIA? | O QUE É RACISMO? | O QUE É REALIDADE? | O QUE É RELIGIÃO? | O QUE É RESENHA? | O QUE É ROCK? | O QUE É ROMANCE POLICIAL? | O QUE É SEMIÓTICA? | O QUE É SERVIÇO SOCIAL? | O QUE É SOCIALISMO? | O QUE É STALINISMO? | O QUE É TRADUÇÃO? | O QUE É VELHICE? | O QUE É VIOLÊNCIA URBANA? | O QUE É VIRTUAL?



PARA FAZER O DOWNLOAD DA COLEÇÃO 
 Coleção primeiros passos!

sábado, 18 de março de 2017

É muito além de carne estragada

foto: FernandoFrazão - Campanha contra agrotóxicos



A Polícia Federal PF e a operação Carne Fraca (não sei de onde veio este nome) declarou à imprensa que as maiores empresas de pecuária e corte e seus frigoríficos fraudavam o processo de produção de carne no país. Boa parte para a alimentação escolar, porem a fraude também era exercida para o mercado privado. Segundo a PF, o Ministério da Agricultura era o grande articulador e interlocutor da adulteração dos alimentos.

Porem existe algo que devemos dialogar que não se refere apenas a operação da PF que na linguagem popular deveria chamar: Carne Podre. Alguns questionamentos e reflexões são fundamentais para a garantia dos direitos humanos, em especial o direito humano a alimentação adequada.

A que custo vale a vida? Alimentos sólidos ou líquidos são a base fundante para que nosso corpo resista ao cotidiano de atividades físicas e laborais. Nossa vida não pode valer a ganância e o lucro de ruralistas que trazem o modelo do agronegócio, baseado na revolução verde dos anos 80, como uma forma única de abastecimento alimentar do país.

Comer é um ato político e segundo o organizador do SlowFood, Carlo Petrini, o poder de articulação entre os campesinos e a população é uma estratégia objetiva para romper com a quase nenhuma soberania alimentar que vivenciamos nos tempos atuais.

E se é política a escolha do alimento, mais do que nunca é hora de fortalecer a agricultura familiar agroecológica, garantir a Segurança Alimentar e Nutricional como um direito inalienável, superar a ideia de que alimento é mercadoria. É também importante garantir a produção nas grandes cidades através da agricultura urbana, pensando as praças, parques e lotes vagos que hoje estão dispostos a especulação imobiliária como espaços de produção.

Lutar é preciso. O agronegócio é o PIB de um país que lucra com a morte de milhares de pessoas por doenças como câncer, diabetes e dentre outras provocadas pela transgenia dos alimentos, veneno na produção agrícola. Quem perde com isso é o povo brasileiro, a fauna e flora. Não haverá biodiversidade enquanto o lucro for mais importante do que a Terra.

Lutar é necessário. Garantir aos agricultores e agricultoras familiares a condição real de assistência técnica e fomento para a produção de alimentos saudáveis, superar o estigma de que comer caro. Só quando os governos estiverem articulados aos movimentos sociais haverá circuitos curtos de comercialização e uma nova legislação sanitária que coloque fora de nossas casas as carnes pobres e nos garanta os produtos beneficiados pelo campesinato.

Comida de verdade no campo e na cidade só é possível se existir uma nova forma de lidar com o campo, pensando a ruralidade, as tradições e o conhecimento popular. Só será possível quando estivermos dispostos a construir uma nova ordem societária longe da opressão e da desigualdade, em que a relação ecológica não seja um marketing empresarial, mas sim um norteador para o equilíbrio do planeta.

Leonardo Koury – Professor, assistente social e militante dos movimentos sociais

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Corrupção, uma revolta seletiva






3, 2, 1 e cai o Teori.
E não caiu porque era ministro do TEMER, mas por TEMERem o que ele tinha pra dizer.

Não sei o que pensa você.
Entre as panelas batidas, o silêncio. Entre a grande mídia o consenso que é apenas mais um acidente de avião.

Pois não?

Não merece apuração? Mas não. Se trata de mais mil novos casos em delação.

E por falar em delação. Será que só alguns de nós tem coragem de dizer que apenas neste quesito o Aécio é campeão? Já que ele se torna segundo em qualquer outra disputa na nação.

Panelas vazias, futuro de uma previdência sucateada, de direitos congelados para um país que não cresce em nada. O problema para a Elite era apenas o que mulheres e trabalhadores no poder representavam.

E não nas delações e as relações criminosas que se identificavam. Dos criminosos congressistas e dos empresários que os patrocinavam.

Por fim. Serei irônico e chato.
Lulas a parte em um país que vê a morte de Teori
Mas faz de mito o "Moro"
[No seu Green Card]
Super? Herói da Lava Jato.

Justiça que tem lado
Aqui no Brasil é mato.


Por: Leonardo Koury Martins

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Valorizar a Agricultura Familiar Agroecologia é dizer não aos Agrotóxicos






Todos nós, cotidianamente, ouvimos falar sobre o problema que os agrotóxicos (ou venenos) podem causar para a saúde das pessoas, porém o prejuízo ao meio ambiente ainda é pouco explorado na grande parte dos artigos que falam sobre o tema. Em 2015, uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) afirma que o consumo de agrotóxicos/ano por brasileiro é em média de 7,5 litros, mas a quantidade de veneno que vai para as matas, rios e florestas são bem maiores do que pensamos.

Brasil e Estados Unidos atualmente lideram o uso de veneno na agricultura. Porém enquanto o mercado mundial teve um acréscimo de 93% no consumo de agrotóxicos, o mercado agropecuário brasileiro teve um crescimento de 190%. Este valor representou, no início da década, uma marca de 853 milhões de litros, grande parte nas lavouras. Tendo alimentos como pimentão, morango e pepino como campeões em contaminação. 

A contaminação do lençol freático causada pela degradação química traz efeitos abomináveis para o clima e reservas de água. Essa emissão de poluentes causada pelo uso de agrotóxicos contamina o ar e todo o entorno. Essas plumas de contaminantes envenenam a água, tornando-a inapta para dessedentação animal e consumo humano. 

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ao longo dos últimos anos vem pautando a redução do uso de agrotóxicos na agricultura. Os desafios ainda são grandes para tentar reduzir o uso de veneno no campo brasileiro. Enquanto o Governo Federal sanciona a lei 13.301/16 que autoriza a pulverização aérea nas cidades, abrindo possibilidades de tornar rotineiro o uso de agrotóxicos na agricultura, em Minas Gerais, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA-MG), Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRAF-MG) e diversas organizações da sociedade civil buscam fortalecer iniciativas para a redução do uso do veneno na produção de alimentos, bem como fomentar os benefícios da alimentação saudável. Lutar contra a indústria da morte, que produz todos os anos milhões de litros de veneno para a agricultura, é também responsabilidade de quem compra e consome os alimentos. 

É possível encontrar alimentos agroecológicos produzidos pela agricultura familiar, urbana e periurbana em todo estado. As feiras agroecológicas aumentam a cada dia a variedade de alimentos orgânicos, com certificação de produtos de origem vegetal sem agrotóxico (SAT) ou com pouco uso de agrotóxicos, oferecida aos consumidores. Os mercados institucionais, como Política de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), tem sido grandes incentivadores da produção de alimentos orgânicos, valorizando os produtos da agricultura familiar. 

O dia 11 de janeiro, Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos, nos convida não apenas para a discussão sobre o controle do uso, mas para uma reflexão de como este quadro social pode ser mudado e como a agricultura familiar agroecológica pode ser fortalecida. Parafraseando a poesia contemporânea: que sorrisos saudáveis alimentem boas práticas alimentares e bons pensamentos.

Leonardo Koury Martins – Superintendente de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

CINE DIREITOS HUMANOS | SAÚDE MENTAL




16 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER SAÚDE MENTAL E A LUTA ANTIMANICOMIAL

1) Saúde Mental e Dignidade Humana
2) A Casa dos Mortos
3) Vozes da voz
4) Holocausto Brasileiro : O impacto refletido na sociedade
5) Em nome da Razao - O Holocausto Brasileiro
6) Profissão Repórter – Saúde Mental
7) Protagonistas- Tratamento Antimanicomial
8) Caminhos da reportagem
9) Dos Loucos e das Rosas
10) Esta é minha casa
11) Esquizofrenia – Entre o Corpo e a Alma
12) Um encontro com Lacan
13) Epidemia de Cores
14) Pára-me de repente o pensamento
15) Estamira
16) Autismos Entreditos

CINE DIREITOS HUMANOS | QUESTÃO INDÍGENA





15 DOCUMENTÁRIOS PARA COMPREENDER A QUESTÃO INDÍGENA - CULTURA, GENOCÍDIO E RESISTÊNCIA

1) À Sombra de um Delírio Verde
2) Flor Brilhante e as cicatrizes de pedra
3) A Nação Que Não Esperou Por Deus
4) Índio cidadão?
5) Indígenas digitais
6) Povos Indígenas: Conhecer para valorizar
7) Tribo Avá-Canoeiro: a história de um "povo invisível" nas matas do país
8) Mitã
9) Ditadura Criou Cadeias para Índios com Trabalhos Forçados e Torturas
10) Vale dos esquecidos
11) Índios no Brasil
12) Indígenas, a luta dos povos esquecidos
13) Terra Vermelha
14) Corumbiara
15) Mbyá Reko Pyguá, a luz das palavras


CINE DIREITOS HUMANOS | SISTEMA CAPITALISTA




14 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER CAPITALISMO

1) Capitalism: A Love Story / Capitalismo: uma história de amor
2) O Fim da Pobreza? / The End Of Poverty?
3) Migrantes
4) Man - Homem
5) História das Coisas
6)Consumismo, Capitalismo e Neoliberalismo
7) 97% Owned - 97% Privado
8) Catastroika
9) A Corporação
10) O mundo global visto do lado de cá
11) A Ascensão do Dinheiro
12) A ponte
13) Da servidão moderna
14) WalMart O Custo Alto do Preço Baixo

CINE DIREITOS HUMANOS | ISLAMOFOBIA




17 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER ISLAMOFOBIA E O RACISMO CONTRA ÁRABES

1) Filmes Ruins, Árabes Malvados Como Hollywood transforma um povo em Vilão
2) Somos franceses
3) This is Palestine - Shadia Mansour
4) Versos migrantes
5) Malala
6) A Palestina Ainda é a Questão/Palestine Is Still The Issue
7) Os palestinos nos livros escolares de Israel (Como se faz a desumanização de um povo)
8) Terror Sionista em Gaza
9) Tears of Gaza
10) Fogos Sobre o Mármara
11) Budrus
12) Atirar num elefante
13) As crianças de Gaza
14) Ocupação 101
15) Promessas de um novo mundo
16) Islamophobia: Cause & Effect
17) The Square


CINE DIREITOS HUMANOS | CULTURA DO ESTUPRO E MORTE DE MULHERES




13 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER CULTURA DO ESTUPRO E FEMINICÍDIO

1)Justiceiras de Capivari
2) India's Daughter
3) Índia, Um País Que Não Gosta De Mulheres
4) Canto de cicatriz
5) The Hunting Ground
6) A Guerra Invísivel
7) Ghost Rapes of Bolivia - Os estupros fantasma da Bolívia
8) Entrevista Gabriela Manssur
9) A cada 11 minutos, uma vítima
10) Desumanidades
11) The breast ironed girls
12) A Girl In The River
13) It's a girl! É menina!

CINE DIREITOS HUMANOS | RACISMO




28 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER RACISMO

1) Olhos azuis
2) Chacinas nas periferias
3) The Colour of Money - A História do Racismo e do Escravismo
4) Raça Humana
5) O negro no Brasil
6) Ninguém nasce assim
7) Racismo Camuflado no Brasil
8) Negro lá, negro cá
9) Vidas de Carolina
10) Negros dizeres
11) Mulher negra
12) Negro Eu, Negro Você
13)A realidade de trabalhadoras domésticas negras e indígenas
14) Espelho, Espelho Meu!
15) Open Arms, Closed Doors
16) The Brazilian carnival queen deemed 'too black'- A Globeleza que era negra demais
17) Boa Esperança - minidoc
18) Você faz a diferença
19) Memórias do cativeiro
20) Quilombo São José da Serra
21) 7%
22) Menino 23
23) Pele Negra, Máscara Branca
24) Introdução ao pensamento de Frantz Fanon
25) Invernada dos Negros
26) A negação do Brasil
27) Sua cor bate na minha
28) História da Resistência Negra no Brasil

CINE DIREITOS HUMANOS | ABORTO E VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA




9 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER ABORTO E VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

1) Clandestinas
2) O aborto dos outros
3) Fim do silêncio
4) Violência obstétrica: a voz das brasileiras
5) A dor além do parto
https://www.youtube.com/watch?v=cIrIgx3TPWs
6) O renascimento do parto
7) Nascer no Brasil: Parto, da violência obstétrica às boas práticas
8) Somos lo que hacemos para cambiar lo que somos
9) Historias de genero: violencia obstetrica

CINE DIREITOS HUMANOS | DROGAS





14 DOCUMENTÁRIOS PARA COMPREENDER A GUERRA ÀS DROGAS

1) Dancing with the Devil - Dançando com o Diabo
2) Notícias de uma guerra particular
3) Falcão - Meninos do tráfico
4) Morri na maré
5) Entre muros e favelas
6) O Estopim
7) Eu sei que a polícia vai me matar
8) Cortina de fumaça
9) Helicoca - O helicóptero de 50 milhões de reais
10) Sobre a falida guerra às drogas
11) Tráfico de drogas: A guerra que o mundo perdeu
12) Histórias de uma guerra perdida
13) Quando eu me chamar saudade
14) The House I Live In (Guerra contra as drogas)

CINE DIREITOS HUMANOS | GÊNERO, CLASSE E RAÇA




10 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER GÊNERO, CLASSE E RAÇA

1) Doméstica
2) Mucamas
3) The true cost
4) 25 de julho: feminismo negro contado em primeira pessoa
5) Como se fosse da família
6) Garapa
7) Meninas
8) Dandaras: a força da mulher quilombola
9) Mães de maio: um grito por justiça
10) Catadora de sonhos

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo