quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Juventude Petista de Minas Gerais: E o que o tempo nos espera



“Quem sabe eu não tente
E que o tempo nos espera
Skank

Escrevo esta singela contribuição que pretende contribuir para uma nova gestão a Secretaria de Juventude do PT, a segunda verdadeiramente eleita por jovens de todas as regiões de minas.

Considero importante relembrar na qual essa segunda gestão não surge “do nada”, menos ainda as forças políticas e as formas de pensar e escrever as histórias da JPT mineira. Em sua primeira gestão, a JPT teve muitos desafios quais mostraram antes de qualquer avaliação a necessidade de compreender que a unidade na ação fortalece e legitima o que chamamos entendemos de coletivo sem eliminar os diferentes olhares que tanto nos norteiam como democráticos e de massas.

O “ponta-pé” da primeira gestão também orientou que não se pode pensar uma juventude no tamanho e na diversidade de Minas Gerais em seus mais de 850 municípios sem construir uma gestão estadual com apoio das secretarias municipais, sem dialogar com quem está todo o tempo como diz a letra da banda Skank, vivendo o “imperfeito e o mais que perfeito” e encontra-se constantemente materializando o dialogo com a juventude mineira.

Construir uma grande rede mineira de secretarias municipais de juventude do PT, que para além de uma simples “mala-direta”, possa concretizar um grande veículo de comunicação com o viés de ser informativo e formativo refletindo as conquistas do coletivo estadual ao longo das estradas mineiras.

Importante pensar também que esta nova gestão tem como desafio repensar que a juventude do PT a um bom tempo não se encontra mais apenas centralizada nos espaços de juventude. O 4º Congresso  do PT apenas reafirmou uma realidade de que @s jovens petistas estão para além de antes em um espaço tutelado, mas estão inclusive na presidência de muitos diretórios municipais e em outros espaços estratégicos no partido.

Para além do PT, a juventude mineira e não diferente do resto do Brasil, passa a ocupar espaços governamentais e legislaturas que dialogam sobre diversas temáticas. Neste compromisso temos que aprender cada vez mais dialogar com os novos desafios que assumimos como no Meio Ambiente, nas discussões de Gênero, Etnia, Sexualidade, Direitos Humanos, Educação, Saúde Pública, serviço Sócio Assistencial, Esportes entre outros. Não temos uma nova juventude petista mineira, mas uma juventude petista que abriu seu diálogo a novas possibilidades de pensar e escrever sua história no mundo.

Para isso nossa maior estratégia deverá ser a formação política dessa juventude. Uma formação política onde possa dialogar com outras metodologias de ensino que não pensem na simples transferência de conhecimento, mas perceba que este conhecimento e o diálogo de saberes tornam-se desafiadores e fundamentais para a formação cidadã e humana aliada aos princípios que nos norteiam enquanto partido de esquerda.

Pessoalmente me sentir triste por quase uma “unanimidade” da juventude petista mineira que estava no segundo congresso desconhecer o dia 9 de outubro, ou melhor, não apenas a data, mas a história de Ernesto Guevara,  um símbolo tão recorrente a esquerda mundial que se perde muitas vezes no dia a dia da nossa pragmática militância petista.

Sem conseguirmos comunicar com esta diversidade espalhada nas curvas das montanhas mineiras e sem possibilitarmos o mínimo de uma formação política que consiga ir além de uma sala de aula, mas que seja dinâmica e inovadora como nossa juventude iremos reproduzir o que a burguesia nos espera.

Sem estes desafios não poderemos contribuir com o que temos de responsabilidade quando nos assumimos “petistas”, a luta contra toda forma de opressão e a construção de uma nova ordem que possibilite a trabalhadoras e trabalhadores uma vida melhor.

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Leonardo Koury Martins: Assistente Social, Escritor, e militante da tendência MAIS-PT.
 

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