quinta-feira, 20 de março de 2008

A juventude de ontem e hoje

Há séculos discute-se uma classificação etária para o jovem. No início das grandes civilizações, não existia basicamente uma fase juvenil, passava-se da fase criança para a fase adulta.

Em outros tempos, era criada uma fase de preparação entre a infância e a fase adulta como por exemplo jovens de tribos africanas tinham que demonstrar nesta fase bravura e força, àqueles que não demonstravam tais potencialidades eram afastados e ignorados pelos mais velhos do grupo.

Ao longo dos séculos a juventude foi ganhando um perfil diferenciado, na Revolução Industrial, o jovem ganhou um papel estudantil, mas também um papel de submisso em relação ao adulto. Sua militância era regiamente acompanhada pelos mais velhos.

No final do século XIX e no início do século XX, principalmente na segunda década, o jovem começou a requerer seu status de liberdade em relação aos adultos. Com uma fase quase estabelecida entre a fase criança e a fase adulta, o jovem começou a ter um papel transformador na sociedade. Na verdade, os grandes líderes e personalidades se iniciaram quando jovens a vida social, mas na década de vinte do último século, os movimentos juvenis tomaram grande proporção na sociedade. A UNE (União Nacional dos Estudantes) incensando peças teatrais com tema social nas portas das fábricas e nas manifestações como O petróleo é nosso marcaram tal organização juvenil nas mudanças da sociedade.

Nos anos cinqüenta aos anos oitenta, uma parcela da sociedade lutou pela democracia e contra a ditadura, mas uma grande parte dos jovens em um sentimento inicial narcisista começou a preferir reuniões menores do que as grandes assembléias, trocaram as grandes manifestações da época por eventos culturais que não eram censurados, mesmo assim alguns músicos levavam suas ideologias mascaradas nas letras musicais.

Essa acomodação continuou nos anos noventa, o Fora Collor era organizado pelos movimentos sociais, mas levavam em sua maioria um público não politizado, sem rumo próprio, o sentimento ideológico passou a ser exclusivo de alguns poucos jovens.

As organizações juvenis se diversificaram, os jovens que lutavam pela democratização do país, deixa a cultura política para seus filhos. As ONG’s juvenis começaram a discutir também tecnologia e meio ambiente, isso ajudou também no crescimento das discussões sobre política públicas para a juventude.

O desafio atual é começar a instituir políticas públicas para a juventude, pois o direcionamento de tais políticas públicas que hoje atingem o jovem são na verdade políticas públicas para as classes mais baixas e não basicamente para a juventude.

O jovem não é o problema social e nem mesmo o futuro, mas sim ele é o agente construtor e o presente, o estudante, o trabalhador, aquele que mata e que morre, não pode ser tratado com políticas secundárias, este é o sentimento que move a vontade de construir políticas públicas para a juventude.

2 comentários:

99110076 disse...

é isso é verdade

Anônimo disse...

Isso msm cadeia pra menor e junto com os presos adultos !

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