Todas e todos militantes de esquerda, temos como missão ao longo da nossa militância, lembrar daqueles que não tem nome, não tem corpo, não tem identidade nos livros da história.
Como diz o sociólogo Florestan Fernandes, a história no mundo ocidental teceu a idéia de mitos, reis e heróis tornando-se muito mais importante do que as pessoas anônimas que tornaram tal fato possível.
Portanto, falar da abolicionista Princesa Isabel é mais conveniente do que falar de milhares de escravos que morreram em busca da tão sonhada liberdade. Enaltecer da coragem dos imperadores romanos como Julio César ou Nero é mais cômodo do que se lembrar das centenas de milhares de soldados que deram a vida por um Império que não os pertencia.
Lembrar dos nobres e não dos “populares” é como diz Paulo Freire uma arma da burguesia com o objetivo de continuar no poder e não mostrar a força de seu povo, este que está fora dos livros, mas derrubou reis e impérios e foi responsável pelas verdadeiras revoluções.
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