quarta-feira, 5 de maio de 2021

Qual será a próxima onda? A responsabilidade coletiva e o enfrentamento ao covid-19


Charge: Marcos Sonêgo

Matéria original publicada no Brasil de Fato

Apesar dos dados estatísticos referentes à taxa de contágio e ocupações de leito em Minas Gerais não serem animadores para a realidade sanitária vivenciada pela pandemia provocada pelo covid-19, as autoridades estaduais insistem em gradualmente diminuir as restrições de segurança. A tendência é nosso estado voltar ao caos, com crescimento de pessoas infectadas e mortas.

É fundamental a luta pela garantia da vacinação, no entanto, essa não pode ser uma preocupação isolada. De acordo com os dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), até a primeira quinzena de abril deste ano, se somam 140 milhões de infectados, dentre eles o total de mais de 3 milhões de mortes em todo o mundo.

Os Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia, tem o total neste período de 31,7 milhões de casos infectados confirmados e 567 mil mortos. Quanto à vacinação, o país já garantiu para metade da população a primeira dose. Em segundo lugar, na lista dos países com o maior número de casos e de mortes, se encontra o Brasil, mas em contraponto, o país está entre os países com o menor percentual da população vacinada. Apenas 13,2% da população teve a primeira dose garantida e apenas 5,35% receberam a segunda dose. Os índices são alarmantes, já são 14,2 milhões de infectados, e 384 mil pessoas mortas, pouco mais de um ano do início da pandemia.

Minas Gerais é um dos estados brasileiros que mais sofrem pelo número de casos confirmados e mortes, tendo 1,3 milhão de pessoas infectadas e 31.386 pessoas falecidas. A população vivencia a inércia do governo estadual em organizar ações públicas regionalizadas que possam garantir a integração de ações. No estado faltam leitos em algumas regiões e em outras falta medicamento para CTI.

É fundamental a luta pela garantia da vacinação mas essa não pode ser uma preocupação isolada 

Importante ressaltar que o Governo Zema, além de não priorizar o orçamento público em saúde, foi o Estado brasileiro que menos investiu na área, com apenas 10,75% do total de investimentos. Os valores não apenas foram baixos, como estão abaixo do mínimo constitucional que é de 12%.

Com toda a complexidade estatística, uma pergunta se apresenta: qual será a próxima onda? No mês de abril de 2020, exatamente um ano atrás, o Comitê Extraordinário covid-19 criou o Programa Minas Consciente. O objetivo era combater a pandemia e fazer a retomada da economia de forma cuidadosa. Na ocasião foram criadas 3 ondas, sendo a vermelha a mais grave, a amarela moderada e a onda verde quando os casos estivessem baixos e estabilizados.

No mês de março de 2021, o Comitê Extraordinário COVID-19, determinou a criação da onda roxa, cor que simbolizaria uma situação em que fossem necessários cuidados ainda maiores que a onda vermelha. Porém, poucas semanas depois o Estado gradualmente reabre as atividades comerciais não essenciais permitindo a volta de aglomerações e o aumento do risco sanitário.

Qual será a próxima onda a ser criada para salvar a população? Qual o trabalho que o país com a integração de estados e municípios fará para garantir um diálogo coerente com o atual momento vivenciado, que reduza o negacionismo científico e convide a população para se proteger tratando a realidade no campo da saúde coletiva.

 Governo Zema é o que menos investiu em saúde 

A onda roxa, vermelha, amarela, verde, ou quaisquer cores que possam vir a ter, simbolizam infecções e mortes. A responsabilidade não pode ser tratada apenas no campo individual do uso ou não uso de máscaras. A capacidade que o poder público tem de mobilização deve ser levada em consideração, conjuntamente com a possibilidade de aumento das equipes de saúde, a garantia de auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e pacotes de incentivo à agricultura familiar, pequenos empreendimentos e a economia popular.

Para tamanhos desafios, o papel da educação em saúde, que considere a população como participante, deve conter ações orientativas/preventivas/restritivas, que garantam a qualidade de vida, procurem pensar o direito à alimentação e o bem-estar, mesmo nas condições de calamidade pública que todos estamos expostos, mesmo que ainda os níveis de exposição sejam tão desiguais.

Leonardo Koury Martins é assistente social, professor, conselheiro do CRESS-MG e militante da Frente Brasil Popular.

Um comentário:

Polistyca disse...

A próxima onda é lembrar sempre que na “Copa das Copas” do PT, em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! Lembrou?

PT super profissional. Não deixa marcas. Tem a manha de saber bem e de maneira não amadora roubar.
E culturalmente o PT:
Globo é exatamente igual ao PT. A Globo faz exatamente o estilo cultural que o PT sempre venera a adora, a saber: O estilo Kitsch.
O PT é Kitsch. A Globo é Kitsch. O PT adora “artistas” barangos. Baixa-cultura.
O PT odeia a alta cultura. Se escamba sempre para a baixa cultura. O PT nivela tudo por baixo! Sobretudo a educação básica. E a arte. Idem a cultura — o PT adora um oba-oba.
Bom…, o PT “se acha”…
lula é pior, pois se trata de um narcisista apedeuta contumaz.
Mas o PT é Kitsch. O pior partido de toda América. Acabou aquela baranguice enorme de “PÁTRIA EDUCADORA”. [Eta frasezinha de João o Milionário Santana, slogan, bregona. E falsa]. Além de ser picareta e vigarista. Muito pior que mentiras ou “fake news”…
Nunca vi partido mais bregaço, mais Kitsch, mais cafonérrimo, mais bregão que o PT. Há muito partido ruim no Brasil, mas de todos o PT é o pior.
E a estética Petista, hein? O estilo petista de ser? Cujo gosto musical — sertanejo universitário — é apenas lixo e o tipo de música fraca e curta que gostam de produzir e de ouvir e que se faz hoje em dia (estética petista).
o PT é um lixão grosseiro em relação a cultura e a educação: totalmente descartável, os projetos bregas petistas. O PT tem um mau gosto enorme. É Kitsch. O PT é barango, nivela tudo por baixo. Sobretudo a educação das curuminhas e dos curumins.

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo