*Leonardo Koury
Na minha linha do tempo do Facebook, mensagens de luto e bandeiras da Alemanha nos perfis por conta do atentado ocorrido ontem.
Mas também mensagem de final de ano em solidariedade às vítimas em uma tragédia particularmente anunciada pela Globo News e sem uma análise clara da conjuntura dos porquês.
Só observo os que se revoltam contra o Estado Islâmico, mas não falam nada sobre o Judiciário, o Congresso e sobre o Temer que pratica um desmonte aos direitos no nosso país.
Ontem o direito à educação perde mais uma votação deixando este importante direito social ser obrigatório. Mas também tem #PEC55, a flexibilização do uso das Florestas permitindo uso agroindustrial em especial aos estrangeiros, tem a reforma da previdência e trabalhista na fila para ser votada e pela conjuntura se a escravidão entrar na pauta do congresso a lei áurea será revogada e sancionada em três sessões de 40 minutos à noite.
Mas para as operadoras de telefonia pode dar isenções que chegarão à 87 bilhões, os aumentos do judiciário e ministério público representará mais de 40 bilhões aos cofres públicos. Aumentos de passagem para Janeiro por conta da crise, mas os vereadores aumentam em dezembro os próprios salários. Olhem a contradição. O vereador que acha justo aumentar o próprio salário é o mesmo que fica em silêncio sobre o aumento das passagens do transporte público.
Plim Plim! Ano novo para os empresários e não para os trabalhadores. De volta ao debate classista?
Sou solidário aos povos do mundo, sou a favor da vida e dos Direitos Humanos. Porém tenho lado e prefiro bater de frente contra a CIA no momento em que ela intervém na América Latina pós uma década de alguns bons avanços no campo social e diminuição da pobreza.
Neste momento devemos cuidar mais do Brasil antes que ele perca o S e ganhe um Z de Yankee. Para quem não sabe essa expressão remete ao imperialismo e uma dominação discreta que tem apoio daqueles que sentem saudade da submissão ao falido primeiro mundo.
Da luta não me retiro.
*Leonardo Koury | Escritor, Assistente Social e como Belchior apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco.
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