Nestas últimas semanas, ao
acompanhar as reportagens sobre o debate da Reforma Política nos noticiários
comecei também a perceber, que nada se tratava apenas de uma Reforma Eleitoral
e muito distante da cobrada pelos movimentos sociais e de milhões de
brasileiras e brasileiros a menos de seis meses em todas as ruas do país.
Obviamente a limitação de
pensar uma Reforma Política avançada, não está por conta da capacidade
intelectiva do atual congresso. Os deputados estão alijados num modelo político
que os fazem disposto a pouco avanço e propensos a corrupção. Trazer uma nova
discussão política por um mecanismo monocrático e falido como o Congresso, não
traria os mesmos frutos tão cobrados pelas camadas populares e tão necessários
para o avanço da cidadania.
A grande questão pontuada
nas ruas a menos de seis meses está não no processo de escolha dos políticos
brasileiros, mas em que forma se organizaria a política institucional no
Brasil.
O projeto de lei construído
no seio do Congresso através da Câmara de Deputados, não discute as relações de
poder entre as iniciativas populares de apresentação de emendas e ou leis,
quanto menos fortalece a discussão sobre o papel do Judiciário e dos setores da
comunicação nacional, bem como a eficácia do financiamento público.
Nesta lógica, Os Movimentos
Sociais, Assembleias Populares e demais organizações políticas iniciam neste
ano e pretendem na primeira semana de setembro provocas a sociedade e as ruas
de todo Brasil com uma pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva
e Soberana sobre o Sistema Político Brasileiro?”. Esta será a pergunta do Plebiscito
Popular com o intuito de lançar uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o
Sistema Político Brasileiro.
A grande questão não está no
como fazer política institucional no Brasil, mas em compreender a provocação
das massas populares que é: Quem faz e quem organiza o Sistema Político
Brasileiro.
Na certeza que traz Nicolau Maquiavel,
a discussão se torna, não na questão de fins ou meios, mas que o Príncipe deve
entender que não é soberano e que os anseios do povo são mais importantes do que o
desejo dos poderosos. Pátria Livre, venceremos.
Leonardo Koury - Escritor, Assistente Social, Educador e Militante dos Movimentos Sociais
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