quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Amores Obscuros



Este poema, escrevi em 2001, e na reorganização do que escrevi o achei. Escrevi este poema quando percebi que o amor era para além do tempo, do espaço, dos sentimentos... Que se encontra amor (diferente de quem o busca). O amor não se procura mas sim aparece, reconhece, redescobre e na analogia do Sol e da Lua, que mesmo distante se pode estar perto, pois se existir a proximidade do coração, de nada importa a distância das terras.


Amores Obscuros

Eu te amo e tu não sabes
mas eu canto e tu não ouves.
Te amo secretamente,
para que ninguém saiba
o porque dos meus humildes versos.

Só o silêncio revela este ritmo
de minhas estrofes aonde traduzem
o infinito do meu coração.

Fico desfarçando, mas te olho,
isso tudo acontece para que todos
não percebam essa sutil contemplação
que traz a mim teu perfume.

Acho que pareço a Lua que ama o Sol,
na aparente distância que nos uni.

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