domingo, 11 de maio de 2008

A democracia como desculpa para atrocidades

Não gosto daqueles que utilizam a democracia como desculpa para cometer algo que foge da ética ou das condições políticas históricas como as relações entre esquerda e direita ou para iniciar guerras como fazem os estadunidenses.

Desde o fim da democracia ateniense no século 5 a.C. o homem utilizou a força para poder governar, a opressão e a tirania eram práticas comuns entre os impérios e reinados em todo mundo, dentre este modelo absoluto não se precisava dar satisfações para atuar em estâncias políticas.

Dentre o século 18 e 19 com a volta do discurso democrático veio na humanidade o capitalismo, os políticos liberais utilizavam da concepção de liberdade de produção e que “os fracassados” têm culpa de seu fracasso, pois todos tinham as mesmas chances e assim começou a deturpação da democracia.

O sistema capitalista dizia que no voto todos são iguais, mas esqueceu de falar que não somos iguais na hora de concorrermos enquanto representante do povo, quem não tem dinheiro não consegue fazer uma boa campanha eleitoral.

Utiliza hoje o discurso da democracia para estancar de vez as visões socialistas e anarquistas ou qualquer visão que tenta nos mostrar um mundo diferente das injustiças causas pelo capital.
Utiliza o discurso da democracia para promover guerras como fez no Afeganistão e no Iraque. Se levar democracia para o Oriente Médio é matar inocentes e “pseudo culpados” não acredito nesse novo modelo de democracia, aquele modelo que justifica inventar dossiês de armas químicas para obter o controle do petróleo iraquiano


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2 comentários:

Anônimo disse...

Capitalismo... democracia... Brasil...
Vou me ater somente ao aspecto nacional...
Talvez por ser educadora eu veja tudo por este ângulo(o da educação), mas não posso deixar de expor meu ponto de vista.
Durante os anos 50/60 a educação era vista como homogeinizadora, como defendia Durkheim, ou seja, os indivíduos eram preparados para o trabalho e havia dois tipos de homens: os de pensamento (que mandam), e os ação (que obedecem), e para cada qual havia uma educação diferenciada (é claro que havia relação com a classe social do indivíduo, isso determinaria se ele seria um homem de pensamento ou ação). As marcas deste tipo de educação deixaram cicatrizes profundas na sociedade... Mais adiante, com a ditadura, as disciplinas que faziam o educando pensar, como a sociologia, a filosofia, a história e a geografia, foram substituídas por Estudos Sociais e Educação Moral e Cívica, que tinham um discurso nacionalista e ufanista, de caráter ideológico, que servia como justificativa para o projeto nacional. Trocando em miúdos, só era ensinado aquilo que o Governo achasse pertinente e que não fosse perturbar a "ordem" nacional... Em seguida, num processo de democratização, os indivíduos eram vistos como iguais, mas só perante a lei, pois de resto isso não era verídico ( e não é até hoje)... Após tanta opressão e exaltação das diferenças sociais o processo de democratização e a democracia em si só poderia sofrer essa deturpação a qual assistimos hoje. E o capitalismo colabora para esta deturpação, uma vez que a sociedade capitalista, na qual estamos inseridos, valoriza muito mais o TER do que o SER, muitas vezes desrespeitando o muiticulturalismo existente e, ao contrário do que deveria, aumetando a distância entre as classes sociais...

Anônimo disse...

bom texto

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