Por:
Leonardo Koury Martins
Em todo país a discussão sobre a
Política, ainda mais, depois das transformações sociais e
econômicas ocorridas nos últimos doze anos, trazem a cena pública
o que será no futuro. Estamos dizendo do futuro, pois conseguimos
hoje construir um presente, diferente dos últimos quinhentos anos.
Temos a condição de não pensar no passado como saudade, mas de
aprender com o passado e desejar a melhoria da vida de brasileiras e
brasileiros, mesmo que ainda marcados pela opressão capitalista.
Por sua vez, a juventude em sua
constituição: na constituição biológica, humana, questionadora e
desejosa por transformação; tem nestes últimos anos dado sua
contribuição por uma discussão de mais futuro e mais mudanças.
Seja pelas mobilizações das redes e
das ruas, em todo país, como exemplo em Minas Gerais, a organização
da juventude em busca de uma política que identifique os desejos da
classe trabalhadora torna-se mais pulsante.
É inegável que junho de 2013 foi um
marco histórico neste início de década, mas a inundação da
juventude nos novos espaços educacionais, na cultura, na discussão
sobre segurança e contra o proibicionismo, trouxeram não só para a
juventude, mas para todo país uma outra forma de pensar e de fazer
política.
Os anseios dessa juventude, em
especial, da juventude que se encontra na nova classe trabalhadora e
que traz da cultura da periferia o desejo de emergir socialmente, não
apenas para o ingênuo consumismo, mas para discutir seu papel no que
é de interesse público é avivador. A juventude se organiza através
do feminismo, da luta contra os homicídios na juventude negra, pela
construção de uma política de educação que seja no desejo paulo
freiriano: o de não ensinar a obedecer, mas em ajudar a pensar.
A juventude, constrói cotidianamente
sua identidade buscando ser democrática e de massas e deixa
avidamente os sonhos de uma sociedade com justiça social e igualdade
de condições, inclusive na sua diversidade de cores e expressões.
E para buscar o desejo de
#UmaNovaPolítica a juventude é hoje, no conjunto dos movimentos
sociais e na organização popular o seguimento etário que mais
levanta as bandeiras da Reforma Política, do Plebiscito Popular por
uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Política, porque
uma sociedade de desigualdade começa a ter fim, quando o início da
discussão é de trazer a cena pública uma outra forma de
participação e democracia no país.
Não haverá democracia se não
existir uma Política que seja a cara da Juventude, e não pode ser a
cara da juventude uma democracia que seja diferente da construída
pela Classe Trabalhadora. Só pode haver uma nova política, se toda
juventude tiver o compromisso de mudar a política para termos nas
comunicações, no congresso, no campo e nas cidades um poder que
verdadeiramente emana do Povo.
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Leonardo Koury – Escritor, Educador, Assistente Social e Militante dos Movimentos Sociais