segunda-feira, 31 de outubro de 2022

VENCEMOS, POIS SOMOS A GERAÇÃO QUE IRÁ DERROTAR MAIS UMA VEZ O ÓDIO E A INTOLERÂNCIA

 



Vencer não é a única análise. Longe de qualquer susto e do desalento das nossas expectativas, do amedrontamento coletivo de que mais uma vez veremos um pesadelo se materializando em um projeto de ódio e intolerância, é hora de recompor as nossas mentes e corações para continuar uma luta que não se inicia no nosso tempo.

Seremos a geração que irá derrotar mais uma vez o ódio e a intolerância, marcas do fascismo, presentes no processo de violências e opressões que se constitui na formação sócio histórica do país e que configura as relações de poder que precisam definitivamente serem enfrentadas.

O patriarcado, o racismo, a lgbtfobia se correlacionam ao ódio aos pobres, aos povos e comunidades tradicionais, a população nordestina, a diversidade religiosa e passeiam no imaginário e na prática social que nos configura enquanto nação. Mas sejamos flores, mais uma vez na chegada da primavera.

Nossa luta é feita por antepassados e descendentes daquelas e daqueles que constituíram quilombos, criaram resistência, deram parte de suas vidas na luta por pão, terra e trabalho. Pelas gerações que saíram às ruas, mesmo com todas as restrições para dizer não às ditaduras impostas em nosso país. De mulheres, negras e negros, de professoras e pedreiros que construíram as riquezas e morreram sem delas aproveitar.

Mas deixaram para essa geração a responsabilidade que dia a dia vem se construindo na continuidade da luta pela reforma agrária, moradia, agroecologia, feminismo, pelo direito de viver. Essa nossa geração tem conseguido um congresso mais feminimo e feminista, de mulheres negras e indigenas. Mas tem conseguido continuar construindo os movimentos sindicais, mesmo após a reforma trabalhista e previdenciária. Essa geração, a qual fazemos parte, resiste mesmo com tantas barragens em risco, para dizer não ao modelo de nação que não cabe aos pobres.

É hora de esperançar, como ensina Paulo Frente, de lutar por noites vivas como ensina Lélia Gonzalez, de acreditar que a nossa luta coletiva nos trará um amanhã de liberdade parafraseando Rosa Luxemburgo. Precisamos de todas, todes e todos para que o Lula ganhe o segundo turno das eleições e consiga base social para governar. Precisamos acreditar em nós, na beleza que temos, por sermos uma classe trabalhadora que resiste aos tempos, mantém a nossa diversidade e caminha pela alvorada para que a tristeza do hoje seja substituída para um dia que venha nascer feliz.


Leonardo Koury Martins é assistente social, professor, conselheiro do CRESS-MG e militante da Frente Brasil Popular. 


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