Alunos de famílias contempladas no programa social também apresentam taxas menores de evasão escolar
Estudantes beneficiados pelo Bolsa Família abandonam menos a escola e têm melhores taxas de aprovação segundo notas do ENEM e ENADE, considerando aqueles que encontram-se com bolsas nas universidades.
É o que revelam dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério da Educação referente aos exames nacionais de avaliação educacional.
De acordo com o levantamento, as taxas de aprovação destes estudantes são superiores, desde 2008, quando comparadas com a taxa geral. A evasão entre alunos de famílias beneficiadas pelo programa social também é menor.
Outro dia, uma amiga jornalista de uma rádio conhecida em Belo Horizonte me perguntou qual era meu ponto de vista sobre o Massacre ocorrido na cidade de Felisburgo. Para responder resolvi contextualizar o genocídio comandado pelo latifundiário Adriano Chafik, réu confesso, com parte da história do Brasil.
Sem pretensão de ser academicamente correto, comecei dizendo sobre as capitanias hereditárias que começavam no litoral brasileiro e seu fim iria até onde seus donatários conseguissem cercar. Muito parecido com os donatários da Coroa Portuguesa, chegamos a pleno século 21 com o mesmo personagem com outra nomenclatura; latifundiários.
Em diferentes roupagens, mas herdeiros de uma mesma história, os latifundiários ou donatários têm como mesmo propósito tomar conta de suas terras, eliminarem perigos que ameacem a sua ordem e privar dos recursos ali extraídos.
Passam os tempos, mudam as leis, porem este antigo personagem da história do Brasil continua intacto em um país que defende as grandes propriedades (muitas vezes improdutivas) e a acumulação do capital.
Adriano Chafik, como bom donatário ou latifundiário, acreditando que estava sobre a ameaça de suas poses utilizou o meio mais antigo de domínio para defender o que acredita ser seu. Nessa história contata pelos homens brancos portugueses e ainda presente nos livros escolares brasileiros outros personagens, os jagunços ou pistoleiros, são homens trabalhadores que tem como função defender o que não é seu. No caso do Massacre de Felisburgo foram 17 jagunços armados.
Em 2004, mais precisamente no dia 20 de novembro, somos surpreendidos pelo massacre que levou a morte de 5 trabalhadores sem terra e 12 feridos, além de atear fogo em todo acampamento. Massacre para responder a ocupação de mais de 500 hectares de terras devolutas, este donatário ou latifundiário, tomou-se como teu igual aos velhos tempos estas terras públicas, nada diferente das capitanias. As famílias dos mortos e feridos apenas até o dia 15 de maio a certeza da impunidade, desde que os menos não foram assistidos pelo estado brasileiro, diferente de Adriano Chafik que está solto por apresentar residência fixa e também por não apresentar perigo à sociedade. Risos, claro.
Contudo, por acreditar que a história pode ser diferente, os movimentos sociais em Minas Gerais esperam militantes do Brasil inteiro, não para escrever uma nova história que deixei para trás o coronelismo em nosso país, longe disso. Esperamos ao menos que Adriano Chafik seja devidamente condenado pelo júri popular, pois a justiça neste país pouco ainda pode dizer que enxerga mal nos escondidos óculos escuros.
Leonardo Koury: Escritor, Assistente Social e Militante dos Movimentos Sociais
Aos que apenas insistem em dizer que a cidade mineira de Ribeirão das Neves é dormitório, nos últimos meses grandes pautas foram construídas na cena pública da cidade.
Vale considerar que este mérito engloba um grande movimento de trabalhadoras e trabalhadores que são estudantes, lideranças comunitárias, militantes dos movimentos sociais e eclesiásticos, mas todos com um só intuito, pautar uma nova cidade em Ribeirão das Neves.
Conquistas importantes como construir junto a prefeitura um olhar mais crítico sobre a situação da Dengue, tratar da transparência sobre contas públicas no executivo e legislativo e no dia primeiro de maio, dia do trabalho, um grande ato marca a cidade conhecido como Fora Tran$imão.
A manifestação da sociedade civil organizada em Ribeirão das Neves, pede a licitação que permite a entrada de outras empresas na cidade, visando a melhoria da prestação de serviço por meio do estímulo à concorrência.
Vale considerar que Ribeirão das Neves tem duas empresas de ônibus que atendem mal a cidade com poucas linhas, poucos horários e ônibus quebrados cotidianamente como os da empresa Transimão. A luta popular é fundamental para construir uma outra cidade. Acorda Neves, porque dormir nunca foi o caminho para o alcance dos sonhos de ninguém.