domingo, 31 de julho de 2011

Trabalhadores/as em educação continuam em greve por tempo indeterminado em Minas Gerais


O Comando Geral de Greve dos trabalhadores em Educação de Minas Gerais, convocado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), se reuniu no último dia 18/7, no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA), os/as trabalhadores/as em educação reafirmaram o calendário de mobilizações. A manutenção da greve por tempo indeterminado foi votado por unanimidade em assembleia estadual no último dia 13 de julho.

A decisão é uma resposta ao Governo do Estado que afirmou, em reunião com a categoria na última quinta-feira (14/7), na Assembleia Legislativa, que vai investir no subsídio como forma de remuneração, se recusando a discutir a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e que só aceitaria negociar política salarial e outros pontos da pauta de reivindicações caso a categoria encerrasse a greve. Na ocasião, o Governo ameaçou inclusive promover cortes salariais, caso o movimento fosse mantido.

Fora da lei. Ao defender o subsídio como forma de remuneração, o Governo descumpre a lei federal 11.738/08, que regulamenta o Piso Salarial, que hoje é de R$ 1597,87, para uma jornada de 24 horas e ensino médio completo. Minas Gerais paga atualmente o Piso de R$ 369,00, que, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), é considerado o pior Piso Salarial dos 27 estados brasileiros.   

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, lamentou o não avanço nas negociações salariais. “Infelizmente o Governo não nos apresentou nenhuma proposta com relação ao Piso Salarial, que é regulamentado por uma lei federal, por isso não nos resta outra alternativa, a não ser nos mobilizarmos pelo seu cumprimento em Minas Gerais”, destacou.

Nova assembleia. O Sind-UTE/MG convoca os/as trabalhadores/as a participarem da próxima Assembléia Estadual, dia 03/08, a partir das 14h, no pátio da Assembleia Legislativa. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!


Documentário produzido pela Marcha Mundial de Mulheres, muito interessante e construtivo, importante para refletivos o mundo que temos, que queremos e e que lutamos para que se torne um dia realidade.

Ateu




Se você acredita na força coletiva
Que nenhum ser é tão grande a ponto
de ser maior do que todos os outros.
Que o destino é mudado pelas relações
construídas no cotidiano e transformadas
historicamente.

Além disso tudo,
que as coisas não caem
do céu.
Se não percebeu.

És Ateu.

sábado, 23 de julho de 2011

A Juventude na construção de um Brasil sem Miséria


No ano de 2011, muitos desafios se apontaram ao Brasil e a contínua construção democrática, entre estes desafios diversas conferências que perpassam pelos setores da saúde pública, da Assistência Social, da Segurança Alimentar, das políticas voltadas a criança e ao adolescente, das políticas voltadas à mulher e como não deixar de falar, voltadas também ao seguimento juvenil.    
Simbolicamente, a 2ª Conferência Nacional de Juventude tem um caráter diferente da primeira, esta simboliza consolidar o que se conseguiu reafirmar na constituição federal, a juventude como direito sinalizado após aprovação da PEC 65/2010 e descrita no Art. 227 da constituição:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Esta conquista que está positivada na carta magna do Brasil passa agora para esta segunda etapa de controle social com o desafio de efetivação, mas para isto algumas estratégias devem ser percebidas e adotadas.
            Que tipo de juventude, principalmente os movimentos sociais e as organizações juvenis com o viés de esquerda simbolizam e devem representar? Quem são estes jovens que para além da universalidade necessitam da proteção integral do estado na busca do direito ao que foi positivado? Quem são os atores que para além do setor privado tendem apenas ao setor público buscar tais garantias?
            Estas perguntas remetem a buscar certos dados como no do Programa Nacional de Amostra de Domicílios PNAD/2010 onde aponta que 58 milhões de moradias possuem acesso a internet, então, o nosso papel seria dialogar principalmente com este outro Brasil majoritariamente excluído da comunicação virtual e das redes sociais.
            Nosso papel também cumpre dialogar com estes mais de 80% da população juvenil que não tem acesso ao ensino superior como mostram dados do Ministério da Educação, afinal, estamos falando de uma grande parcela da juventude que si quer chega a completar a máxima escolaridade ou até mesmo não completam o ensino médio ou profissionalizante. Passam por sua vez o esquecimento dos piores postos no mercado de trabalho.
            Lembrar que mais de 70% dos encarcerados no Brasil como apresentam dados no Ministério da Justiça são jovens entre 18 a 29 anos, esta população que chega a cerca de 400 mil jovens entre aqueles que aguardam julgamento ou já foram condenados. Os mesmo dispostos a todo tipo de violência, opressão e cidadania cerceada pelas grades.
            É sobre a defesa intransigente dos direitos de uma juventude que teve sua infância explorada no trabalho infantil, hoje compreendem as margens econômicas proponentes ou beneficiarias das políticas de transferência de renda como o Programa Bolsa Família, é esta juventude a qual nos cerca a dizer que precisamos ainda consolidar o que foi afirmado constitucionalmente.
            Assim, com tais argumentos apresentados não pelos próprios jovens, mas sinalizados na idéia da vigilância sócio assistencial dos governos temos um compromisso primordial em pensar que de todas as juventudes existentes em território nacional, esta juventude, maioria em população, precária no que se entende como garantias sociais, civis e políticas e abastada de condições dignas de sobrevivência nos remete a uma só idéia.
            Que não podemos pensar em direitos para a juventude sem antes fazer uma opção pela juventude mais pobre, por uma juventude onde temos uma dívida social historicamente esquecida que assim como sinaliza o Art. 227, temos o dever de “colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Se não for este nosso compromisso, estaremos enquanto cidadãs e cidadãos dotados ao fracasso em nossa luta por um país sem miséria.

domingo, 17 de julho de 2011

Dom Helder Câmara




‎"Se der pão aos pobres, todos me chamam de santo.
Se mostrar por que os pobres não têm pão, me chamam de comunista e subversivo." 

Dom Helder Câmara.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Programa Bolsa Família, enfim na gestão do SUAS



Desafios e complexidade da nova gestão das políticas de transferência de renda incorporada ao Sistema Único de Assistência Social previsto na lei 12.435 / 11. Este artigo foi publicado em alguns sites e listas, deixo aqui um link para ser baixado.


domingo, 10 de julho de 2011

Sem liberdade, sem comunicação


Um país democrático necessita entender o quão importante é a informação. E o caminho em que ela se propaga é a comunicação. O valor que há na liberdade para este tráfego está profundamente ligado com a capacidade de crescimento cultural e a formação dos homens e mulheres que fazem nossa sociedade. Este crucial tema está intimamente ligado com as mais variadas áreas do fazer político e está em pauta devido ao início do debate sobre o novo Marco Civil da Internet, em que garantias às liberdades individuais, o direito ao sigilo e a neutralidade da rede são critérios norteadores.

Felizmente, vivenciamos uma época de ouro para a comunicação brasileira, pois é uma era de possibilidades. A blogosfera e as redes sociais podem fazer reverberar o que sempre foi proibido nas rádios consideradas piratas, o que não ia pra frente com os pequenos jornais de comunidades e o que não era possível ganhar amplitude nos muros das escolas.

O povo quer se entender e se mostrar, não quer mais ser tolhido a um padrão de uma gente que quer um Brasil desigual e injusto. Por isso as mídias corporativas, sempre vistas com um poder simbólico de autoridade, tem cada vez mais perdido espaço na opinião pública, exatamente devido ao espaço amplo e democrático que há na internet. A internet é uma grande ferramenta, mas este ato é sempre político. Somos nós em desobediência à voz do grande irmão, querendo nos abraçar e fazer contato com outras possibilidades em nossa realidade. E assim começamos a construir identidades e alternativas. É assim encontramos um novo caminho para sugerir e pressionar, para a aquisição de novos direitos e de novos olhares. Este é, por fim, o próprio conceito de cultura - uma labuta diária em que construímos e cultivamos nosso modo de estar no mundo....


Fonte: www.bocadigital.net

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A chegada das rosas



A chegada de uma pessoa querida
Alegra a vida, a deixa mais bonita
Que como se fossem rosas
Perfumariam nosso jardim.

E é neste teu perfume
Escrevo assim.

Alegre e cantando a glória
De mais um dia eternizar nossa história
Vou vivendo esperando você para mim.

Mesmo que falem que as rosas não falam
Por mais que apenas perfumes exalam
Não as deixarei sozinhas enfim.

Esperaremos juntos uma nova expressão
Eternizada em nosso coração
Como o poema sugere no fim.

domingo, 3 de julho de 2011

Só quem é de Lá. A milícia Hip Hop


Para mostrar que a história não nega suas raízes mineiras, está ai o Clipe "só quem é de lá" do grupo: A milícia Hip Hop do querido amigo Rick Black que trabalha a realidade vivida nas periferias da região metropolitana de Belo Horizonte.

O clipe trabalha as cenas na Vila Santa Tereza (regional Leste) e no Bairro Bom Sucesso (regional Barreiro), e conta com a contribuição da comunidade e do Programa PROJOVEM, propiciando o protagonismo juvenil através da comunicação em imagem.

Contudo, é fundamental perceber que o movimento Hip Hop é peça chave na democratização da cultura e da linguagem periférica a juventude brasileira.

Pessoas famosas na prisão, por ótimos motivos

Por: Diana Guerra 

Nem só de bad boys está a cadeia cheia. Estes desordeiros estiveram atrás das grades por boas razões... ainda que a princípio não parecesse.

direitos humanos prisao Nelson Mandela

Nem todos as pessoas que se encontram na prisão são desordeiros crónicos: há também rebeldes com causa que foram confundidos com bad boys pelos seus contemporâneos. De Nelson Mandela a Rosa Parks.
Rosa Parks cometeu um delito indesculpável na sua época: a 1 de Dezembro de 1955 recusou-se a obedecer a um motorista de autocarro, sentando-se nos lugares destinados aos brancos. O resultado foi terem-na levado para a esquadra para dormir na prisão. Mas houve uma consequência maior: a partir do seu gesto de coragem, gerou-se o boicote dos autocarros de Montgomery, ponto de partida para a luta pelos direitos civis dos negros nos EUA, nos anos 60.
Parks não foi, no entanto, a única pessoa a dormir atrás das grades por causa dos direitos civis. Martin Luther King foi condenado a quatro meses de prisão 5 anos depois, numa manifestação pacífica pela mesma causa. Foi, contudo, libertado pela intervenção do futuro presidente John F. Kennedy.
direitos humanos prisao rosa parks
Noutro continente, a mesma causa: Lutando contra o Apartheid desde os anos 50, Nelson Mandela já tinha sido acusado de traição em 1956. Mas foi a 5 de Agosto de 1962 que foi levado pelas autoridades, depois de ter sido descoberta a sua resistência ao governo pela destruição de propriedades públicas. Só foi libertado em 1990 depois do presidente sul-africano P. W. Botha ter morrido, vítima de um ataque cardíaco. Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1993.
E por fim, Mahatma Ghandi. O símbolo da luta pelos direitos civis dos indianos, na luta pela independência do Império Britânico também não escapou à polícia. Em 1922, quando tinha 47 anos, Ghandi foi preso pelos britânicos, que o acusaram de conspiração e de tentar derrubar o Governo. Ele declara-se culpado e é condenado a 6 anos, mas foi libertado dois anos depois por problemas de saúde.
direitos humanos prisao Martin Luther King


Sobre a autora: diana guerra é normalmente zote, mas dizem que também se interessa por arte, cultura e essas coisas óbvias. Saiba como fazer parte da obvious.

Campanha contra o uso de agrotóxicos


Você sabia que todos os dias quando almoçamos e jantamos ingerimos uma quantidade enorme de venenos? Nossos alimentos estão contaminados porque as lavouras em todo o Brasil são pulverizadas com grande quantidade de agrotóxicos.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009. Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras, de acordo com dados oficiais.
Os agrotóxicos contaminam a produção dos alimentos que comemos e a água (dos rios, lagos, chuvas e os lençóis freáticos) que bebemos!
Mas os venenos não estão só no nosso prato. Todo o ambiente, os animais e nós, seres humanos, estamos ameaçados!
Os agrotóxicos causam uma série de doenças muito sérias, que atacam os trabalhadores rurais, comunidades rurais e toda a população, que consome alimentos com substâncias tóxicas e adquire muitas doenças.


A culpa é do agronegócio!

Esse é o nome dado ao modelo de produção agrícola que domina o Brasil e o mundo. Esse jeito de produzir se sustenta nas grandes propriedades de terra (o latifúndio), uma grande quantidade de máquinas (que levam à expulsão das famílias do campo e à superpopulação das cidades), no pagamento de baixos salários (inclusive, trabalho escravo), muito lucro para as grandes empresas estrangeiras e na utilização de uma enorme quantidade de agrotóxicos.
A expansão desse modelo de produção agrícola é responsável pelo desmatamento, envenena os alimentos e contamina a população.
Ao contrário do que dizem as grandes empresas, é possível uma produção em que todos comam alimentos saudáveis e diversificados. A saída é fortalecer a agricultura familiar e camponesa.
No lugar dos latifúndios, pequenas propriedades e Reforma Agrária. Desmatamento zero, acabando com devastação do ambiente. Em vez da expulsão campo, geração de trabalho e renda para a população do meio rural.
Novas tecnologias que contribuam com os trabalhadores e acabem com a utilização de agrotóxicos Proibição do uso dos venenos. Daí será possível um jeito diferente de produzir: a agroecologia.
Participe dessa campanha para acabar com os agrotóxicos!

Fonte: site www.mst.org.br

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo