A velha pergunta volta a cena na sociedade mineira: quem se importa com os professores e professoras? Mantendo a luta a quarenta dias, profissionais da educação demonstram garra frente a falta de dialogo e descaso do Governo Aécio Neves-Anastasia com os/as responsáveis pela educação dos seus filhos e filhas, pela formação humana e pela consolidação da cidadania.
Lutar por um mundo melhor não se pode começar sem passar pela educação e que a mesma seja laica, pública, gratuita, presencial e de qualidade. Antes disso que esta educação tenha como princípio norteador a libertação e a construção da autonomia, bem longe do fatalismo e das grades tão denunciadas pelo educador Paulo Freire.
Na terça-feira (18) professores e professoras de todo estado reuniram em assembléia e definiram continuar pois este manifesto público denominado de "greve por direitos" tendo como proposta muito mais do que a adesão do piso nacional de educação, mas a possibilidade de dialogar com os mineiros e mineiras como andam as condições dos profissionais da área, infraestrutura das escolas, a privatização do ensino superior estadual, a farsa do Conselho Estadual de Educação entre outros entraves que fazem Minas Gerais retroceder, pois o "Choque de Gestão" serve para investir na privatização das estradas e presídios e economiza nas políticas sociais.
Em tempos de eleição acordar o povo sobre o que a imprensa não anda dizendo vale a pena, ainda mais que a greve é um direito.